Antônio Augusto de Souza, máster-franqueado da Johnny Rockets no Brasil, fundou a Antaris Franchising em 2021 e já adquiriu mais duas franquias de alimentação ao seu portfólio: Boulangerie Carioca e Cuor di Crema. Conversamos com ele para saber mais sobre os próximos passos da Antaris. Confira!
1. Como surgiu a Antaris Franchising?
A Antaris Franchising nasceu de uma ideia antiga que eu tinha, e que na pandemia acabou sendo revisitada e colocada em prática. Sempre tive o desejo de aquisição de marcas com qualidade e grande potencial de crescimento, nas quais conseguíamos “enxergar” grande oportunidade de agregarmos “valor”. É uma conta simples de fazer : marcas de qualidade + escala + logística = grande potencial de ganho, e é isso que procuramos. Trabalhamos ativamente em nossos negócios, temos custos de gestão e operacional muito controlados, estamos presentes e trabalhando no dia a dia de todos os departamentos. Com isto adquirimos algo muito simples e extremamente importante : alto grau de sensibilidade de cada negócio, de cada problema, de cada perda/ganho, o que diminui bastante os riscos e permite maiores possibilidades de sucesso ao longo do tempo.
2. Como é o processo de escolha das marcas que compõem o portfólio da empresa?
São vários, mas podemos destacar : origem da marca (seu DNA, seu criador, a história do negócio) ; análise comercial e financeira (faturamento, posicionamento, quantidade de unidades, franquias existentes, custos, rentabilidade, potencial de crescimento); sinergia operacional e comercial com as marcas atuais e foco sempre na área de alimentação.
3. Quais são as principais mudanças que a Antaris promove nas marcas?
Como mencionei, agregamos gestão, redução de custos comerciais e operacionais, escala na aquisição de insumos, logística nacional, real estate, etc.
4. As mudanças recorrem em custos ou alterações contratuais para os franqueados atuais?
Falo isto com experiencia própria, já que sempre fui e continuo sendo franqueado, já passei por varias destas experiencias . Quando se adquire uma rede já com franquias operando sempre irá existir um período de adaptação dos dois lados. Muitas vezes, na visão do franqueado, isto gera insegurança, desconforto, readaptação, início de novo relacionamento com o novo franqueador, etc, mas também tem que trazer para o negócio uma melhor gestão, redução de custos, treinamento, marketing cooperado mais agressivo, oportunidade de vendas e ganhos maiores. Tudo isto leva um tempo, o importante é acreditar na marca, nos processos e contribuir com todos, afinal juntos seremos mais fortes.
5. Há algum setor preferido para a aquisição de novas marcas?
Tentamos seguir algumas premissas, nos sentimos confortáveis em setores que dominamos (restaurantes Fast Casual, Lanchonetes, Cafeterias), mas sempre abertos a analisar boas oportunidades no médio e longo prazo. Adquirimos recentemente a Gelateria Cuor di Crema e não tínhamos este setor em nosso “radar”, mas acabamos aceitando o desafio.
6. Há alguma marca em vista?
Sim, várias. Existem grandes oportunidades no mercado, existem marcas que estão em dificuldades devido a pandemia, geridas por excelentes profissionais com grande experiencia. Isto me motiva muito a analisar estes negócios e, em boa parte, juntar a experiencia deles com o que podemos oferecer e todos ganharmos.
7. Como você enxerga o futuro do setor de alimentação no Brasil?
Enorme potencial, cada vez mais profissionalizado, mas teremos mudanças nos conceitos de negócios e gestão. Grandes grupos estão sendo formados, a operação de varias marcas por estes grupos trará um novo tipo de atuação no mercado de Food Service. Muitas emoções estão por vir.