A crise implantada pela pandemia do novo Coronavírus trouxe prejuízos a muita gente. No mercado de franquias não foi diferente. A ABF – Associação Brasileira de Franchising – divulgou que nos últimos meses, as franquias de lojas tiveram queda de faturamento com relação ao ano anterior. A boa notícia é que outras modalidades, como home based, por exemplo, cresceram de 12% para 15%.
A Agência SEBRAE divulgou que um dos setores que menos sofreram na pandemia foi o de franchising, registrando que até agosto desse ano somente 1% das unidades fecharam as portas no Brasil. Muitos tiveram que se recriar, iniciar modelos on-line, e-commerce, EAD e já superaram as quedas de faturamento apresentadas principalmente nos meses de março e abril.
Mas, convenhamos que mesmo tendo sido um mercado menos afetado, investir em uma franquia em plena crise sanitária exige coragem e determinação. Reunimos aqui algumas histórias de empreendedores que deixaram os medos de lado e abriram seus próprios negócios, acreditando que a expertise das redes seria determinante no processo.
Vinicius Coelho, investiu na Marketing Bag
“Para mim, a pandemia foi uma oportunidade. Fazendo uma pesquisa no mercado, vi que mídias em embalagens delivery seriam muito visualizadas nesse período, afinal estávamos confinados e quase que totalmente dependentes de entregas”, conta Vinicius Coelho, que abriu sua unidade em Palmital, interior de São Paulo
O empreendedor não estava enganado, pois em poucos meses recuperou seu investimento e sente-se mais confiante a cada tiragem de anúncios. “Pretendo ampliar e rodar várias impressões num mesmo mês, aumentando bastante minha renda”, completa.
Helise Fernanda de Almeida Silva, Catherine de Almeida Magallon, Rosely Almeida Silva e Izanéia Almeida Silva, investiram na Mary Help
“O isolamento social foi um desafio que nos encorajou, pois tínhamos em mente uma mudança de atuações profissionais. Sentimos que era uma boa oportunidade no momento em que muitas pessoas estão em casa e completamente fora de suas rotinas domésticas”, conta Rosely.
As sócias apostam em 2021 como um grande ano. “A rede tem novidades, como a sanitização e as pessoas precisarão cada vez mais de serviços de limpeza, ao retomarem seus trabalhos presenciais e aulas”, afirma a empresária que encarou um risco calculado, já apostando na retomada da economia.
Trabalhar juntos pode ser uma coisa extremamente prazerosa e/ou desgastante… tudo vai depender de como o casal leva a rotina, divisão de tarefas e momentos de decisão. Dizem que é bom ter novidades para contar no fim do dia, mas quando a dupla divide o mesmo escritório, a mesma rotina e o mesmo objetivo, em plena pandemia?
Yuri Silva Bispo e Janiny Pires Deles, investiram na SuperGeeks
Yuri Bispo, professor do IFBA e desenvolvedor de sites e Janiny Deles, servidora federal, intérprete de Libras, ficaram sabendo por um conhecido dos benefícios de ter uma unidade SuperGeeks. “A união na pandemia nos fez querer juntar nossos superpoderes e incluímos até nossos filhos de 8 e 4 anos na história. Assim, fortalecemos nossos laços criando a Liga da SuperGeeks”, diz Yuri.
“Apesar das unidades terem ficado um tempo fechadas, vimos a rede intensificar seus planos de ensino híbrido, o que facilitou o retorno dos alunos, que sabem que não ficarão na mão”, fala Yuri, que ao lado da esposa está em plena campanha de matrículas para 2021. “Ter um nome reconhecido por trás do meu negócio, me fortalece muito nessa prospecção”, afirma ele, que abriu sua unidade em Vitória da Conquista (BA).
Eduardo Bastos Figueiredo e Eliana de Souza dos Santos Figueiredo, investiram na Brasileirinho Delivery
O desemprego de Eduardo foi o estopim para a busca de independência financeira em 2020. “A pandemia só nos fez ver que delivery era o melhor caminho. Escolhi a Brasileirinho porque já conhecia e amava as receitas”, conta Eliana, sócia do marido na unidade de Salvador, Bahia.
Descobrimos uma forma de trabalhar juntos e colher os frutos disso. O fato da rede ser pioneira em comida brasileira em caixinha conta muito, pois o processo é facilitado pela experiência que temos, vinda da rede, complementa Eliana.
Antônio Jorge e Tânia Lima, investiram na N1 Chicken
Antônio já trabalhou com petróleo e foi motorista de aplicativo. Tânia é chef de cozinha há 20 anos e sempre trabalhou com eventos. Ao perceberem que tinham capital suficiente para investir no próprio negócio, resolveram aproveitar a expertise de Tânia e abrir um negócio promissor: comercializar o melhor frango frito do Brasil.
Com esse propósito, o casal abriu, há 18 meses, a unidade N1 Chicken – maior rede brasileira do setor – na Ilha do Governador (RJ). O sucesso foi tão grande, que em plena pandemia, estão prestes a inaugurar a segunda loja, dessa vez na cidade de Niterói.
“Vimos que a franquia é sólida, principalmente em tempos de isolamento social. Com a abertura da segunda franquia, teremos novos desafios e iremos dividir mais o tempo, mas estamos muito confiantes que será um grande sucesso também”, conta Tânia.
Thais Lima Rego e Julio Cezar Rego, investiram no Instituto Gourmet
Em conversa com amigos, a advogada Thais e o empresário Julio entenderam melhor os benefícios de uma franquia. Resolveram então, que era o momento de abrirem juntos um negócio que pudesse ser bom para toda a família. Então, após avaliarem diferentes perfis de redes, decidiram que investir no Instituto Gourmet era o que queriam.
O isolamento em decorrência da pandemia de Covid-19 os uniu ainda mais. “Conseguirmos nos revezar na rotina da nossa filha quando o cotidiano na empresa fica mais corrido”, conta a empreendedora. “A maior dificuldade que temos é parar de falar de trabalho em momentos que nossa atenção deve estar voltada para a nossa filha… ou acabar dormindo tarde, pois o assunto de trabalho nunca tem fim”, finaliza ela.