Mesmo na crise, o investimento em treinamento é fundamental para que as empresas sejam bem representadas junto aos seus clientes, afinal, cada colaborador transmite, durante um atendimento, os valores da marca, seus conceitos e tudo aquilo que ela quer levar ao público por meio de suas atitudes. “Ainda que uma empresa acredite que um colaborador a troque por outra por um salário um pouco melhor, ela não pode deixar de treiná-lo, porque é ele quem está em contato direto com seu cliente”, alerta Cristiane de Paula, sócia da Uniko Consultoria e Inteligência em Franchising e Varejo.
Para Cristiane, que possui 18 anos de experiência no ramo, porém, não basta criar treinamentos aleatoriamente ou contratar empresas que façam inúmeras investidas sem objetivos claros e de maneira estruturada. “É imprescindível que se crie um bom planejamento para que os treinamentos surtam efeito, levando-se em conta a melhor relação entre o custo deles e o benefício que proporcionarão. Não adianta treinar sem avaliar resultados e sem ter foco”, ensina.
A consultora dá seis dicas para se estruturar um bom plano de treinamento em franchising e varejo:
Dica 1 – Não contrate um treinamento sem ter um objetivo final
Tenha foco. O que você realmente precisa que seja treinado? Qual é o seu público-alvo? “Decidir para quem é aquele treinamento é importantíssimo, porque levar profissionais que não têm relação com o tema os desmotiva e os desvia de suas atividades. Além disso, gera custos desnecessários à empresa”, ensina a consultora.
Dica 2 – Entenda a metodologia que será aplicada no treinamento
Os treinamentos modernos utilizam a andrologia como método. Isso significa que é a capacitação para adultos – algo bem diferente da pedagogia, a metodologia de ensinar crianças. “Utilizamos a experiência de vida de quem está sendo treinado para compor o conteúdo e os exemplos, de maneira a aproximá-los do objetivo da empresa. Dessa maneira, despertamos e aproximamos a equipe do propósito da empresa”, ensina a especialista.
Dica 3 – Permita que sua equipe participe da construção do treinamento
A terceira dica tem total ligação com a segunda. “Se você cria sozinho o conteúdo e os ‘passos do atendimento’, por exemplo, levando tudo pronto à equipe, simplesmente empurra o conteúdo às pessoas. Porém, se você permite que elas participem da construção desses passos, faz com que elas os valorizem muito mais e os aceitem, colocando-os em prática. A ideia do treinamento é fazer com que as pessoas saiam dele querendo colocar o que aprenderam na prática”, diz Cristiane.
Dica 4 – Escolha bem quem aplicará o treinamento
Pesquisas mostram que treinadores externos são muito mais bem aceitos do que pessoas da própria equipe para os treinamentos. “Os colaboradores não aceitam bem ser treinados por seus pares ou superiores. Quando alguém de fora da empresa vem preparado para uma capacitação, é mais bem aceito, mas essa pessoa precisa estar muito bem preparada e ter a cultura da empresa, para não cometer gafes que prejudiquem todo o trabalho”, avisa.
Dica 5 – Determine o tempo de duração do treinamento
Outra dica importante é determinar-se o tempo do treinamento. “Na construção do planejamento, é importante saber quantos encontros serão necessários para a transmissão do conteúdo, se serão criados módulos, como será a continuidade… Só assim, será possível fazer mudanças e ajustes e avaliar o alcance dos resultados. Os ganhos certamente serão maiores”.
Dica 6 – Avalie os resultados
Não adianta investir em treinamento se não for possível avaliar seus resultados. Se o objetivo é a venda de determinados produtos, após o treinamento, é preciso verificar se houve maior consumo deles. Se a intenção foi o aumento do ticket médio, é necessário que se haja um controle dessa área. E, assim, sucessivamente. “É importante que o treinamento seja planejado para que a ação tenha começo, meio e fim. De maneira bem estruturada e planejada, este é o melhor investimento com ou sem crise”, finaliza Cristiane de Paula.
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