O Brasil atravessa uma das piores crises econômicas das últimas décadas. Pessoas quebram. Empresas quebram. E se a franqueadora quebrar? Em época de crise, o que antes seria visto como pessimismo pode ser apenas mais uma hipótese. E até bem realista.
Conversamos com Marcus Rizzo, sócio da consultoria Rizzo Franchise e um dos fundadores da Associação Brasileira de Franquias (ABF), para pegar algumas dicas de sobrevivência diante de uma situação com essa. Especializado na estruturação de organizações franqueadoras e suas redes, Rizzo tem sido bem sucedido nessas atividades trabalhando com redes no Brasil e no exterior, com experiência em mais de cem organizações nacionais e multinacionais.
É claro que ele não tem bola de cristal, mas garante que há indícios de que a franqueadora não vai aguentar as dificuldades econômicas.
Primeiro, convém fazer uma investigação na quantidade de litígios com a rede franqueada.
“Um dos sinais é quando os franqueados não são atendidos nas expectativas financeiras. Eles não estão ganhando dinheiro como esperavam ou mesmo como foi prometido”, explica Rizzo. Uma frase comum na rede é: “Os franqueados perdem dinheiro, as franquias não apresentam rentabilidade”.
Questione o senso comum. Por exemplo: crescimento acelerado, baseado em forte agressividade no marketing de vendas de franquias é algo bom, certo? Depende. Não é bom se não estiver alicerçado sobre um desempenho consistente do negócio e do próprio franqueado. Desconfie, aconselha o especialista.
E você sabia que algumas franquias são lançadas para a venda através de intermediários, como corretores e/ou consultores), sem uma base mínima inicial? Ou seja, sem terem adquirido o conhecimento e a experiência necessários para construir uma rede de franquias de sucesso.
Cadê o franqueador que tava aqui?
“Normalmente, o franqueador personifica a rede, sua presença é constante, e de fácil acesso para os franqueados. Quando a franqueadora vai quebrar, o franqueador praticamente desaparece, sai de cena”, explica Rizzo.
“Se analisarmos os franqueadores que quebraram nos últimos anos, muitos estavam envolvidos em franquias operacionalmente complexas, que não preenchem as necessidades básicas dos clientes e são desorganizadas”, esclarece ainda.
E para terminar, Rizzo diz que franqueadores que não possuem unidades próprias e centralizam seu negócio na venda de produtos para a rede franqueada são indício claro de falta de competência na operação e no controle da viabilidade do conceito do negócio. Fique alerta!
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