Para responder essas questões, conversamos com Marcus Rizzo, um dos fundadores da Associação Brasileira de Franquias (ABF), que tem sido muito atencioso ao colaborar com o Mapa das Franquias por meio de entrevistas como esta.
Rizzo é administrador de empresas especializado na estruturação de organizações franqueadoras e suas redes de franquias, tendo sido bem sucedido nessa atividade trabalhando com diversas redes no Brasil e no exterior.
Com experiência em mais de cem organizações nacionais e multinacionais, ele também um dos sócios da consultoria Rizzo Franchise.
Confira a seguir a entrevista.
Mapa das Franquias: Alguns franqueadores reinam sozinhos (exemplo: franquia de música), já em outros segmentos, há forte concorrência (exemplo: paleterias). Até que ponto a ausência ou baixa concorrência é benéfica ou prejudicial?
Rizzo: Acredito que alguns franqueadores reinam sozinhos em setores com baixo interesse por franquias. Geralmente a oferta de franquias guarda uma proporcionalidade ao tamanho da procura.
Agora, em franquias, acredito é na concorrência entre negócios bem estruturados que oferecem experiência e suporte ao franqueado contra aqueles aventureiros e mal estruturados. Assim, uma franquia de música (não consigo identificar) pode ser solitária mas muito bem estruturada, ao contrário das franquias de paleterias que, sem medo de generalizar, são bem mal estruturadas e sem nenhuma experiência consolidada que justifique a oferta de franquias com segurança.
Mapa das Franquias: Como lidar com um cenário de alta concorrência? E no caso de baixa, no caso de ser o “único”? Há alguns cases conhecidos para ilustrar esses exemplos?
Rizzo: Alta concorrência quer dizer que tem mercado. Para sobreviver só há um jeito – profissionalizar!
Se você considerar negócios que operam com franquias e que não tem outros negócio similares ao conceito posso citar:
• Dídio Pizza Delivery, exclusivamente delivery de pizzas
• Multicoisas em utilidades e reparos domésticos
Mapa das Franquias: Se eu fosse investir numa franquia hoje, quais os segmentos pouco atendidos? E quais as áreas saturadas a serem evitadas?
Rizzo: Se você fosse investir numa franquia hoje eu lhe diria: esqueça segmentos, esqueça indicações da imprensa de consultores (geralmente aqueles que indicam são corretores), esqueça modismos … procure um negócio com o qual você se identifica profundamente. Pior do que ter um emprego do qual não se gosta é ter um negócio com o qual não nos identificamos.
Pense num negócio com o qual você se identifica, aquele negócio que você teria prazer em estar de 12 à 16 horas por dia nos próximos dez anos e… Feliz! Esta é sua escolha de setor, agora procure um franqueador profissional que lhe passe experiência de quem tem para quem não tem e quer aprender.
Mapa das Franquias: É possível entrar com uma franquia numa área saturada e mesmo assim inovar? Exemplo: quando todos estão fazendo pizza do mesmo jeito, eu entro para fazer pizza do MEU jeito e ser diferenciado?
Rizzo: Se você quer fazer pizza… Monte a sua… Pizza ou mesmo pizzaria, nem pense em franquia!
Agora se você se identifica fortemente com um negócio de pizza que tem comprovado sucesso, que foi exaustivamente testado e que através de um programa de treinamento lhe prepare adequadamente para operar e ganhar dinheiro com a pizzaria que foi muito bem localizada, com custos de instalação e de ocupação bem administrados e que você aprendeu a vender muito e, cada vez mais… Busque a franquia!!
Mapa das Franquias: Estar sempre de olho na concorrência é necessário? É possível aprender com erros de outros? O que diferencia estar “antenado” e seguir tendência de ser plagiador e copiar a concorrência? Há algum bom case sobre isso?
Rizzo: Esteja antenado no seu público alvo e, esqueça a concorrência! Deixe o franqueador cuidar da concorrência.
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