10 ideias de negócios para 2014. 5 dicas de marketing para vender mais. 15 dicas de empreendedores para você se dar bem. Sinceramente, você acredita que as listas fazem esses milagres todos?
Temos certeza que o seu conhecimento não se resume a 5 dicas, nem a 10 passos. E quando iniciamos o portal definimos que não iríamos facilitar sua vida, nem fazer você acreditar que alcançaria o sucesso com 3 superdicas de 3 super experts. Mas então por que vemos tantas listas por aí? E por que você sempre clica nelas? (pode confessar, sabemos que você clica e lê tudo como se fosse uma Leitura Obrigatória)
Diante de novas informações, nossos cérebros tentam dar sentido a elas. Eles trabalham para fornecer o contexto pessoal e decidir se devemos continuar lendo a partir da relevância. O processo é instantâneo. Algo sempre chama a sua atenção em meio a tantas informações. Você escolhe o que ler: uma notícia em algum site, um tweet ou um feed do facebook. E na miscelânea os números sempre ganham. “Os títulos em estilo de lista fornecem o equilíbrio entre informação e ambivalência”, revela o artigo “A list of reasons why our brains love lists” de Maria Konnikova, publicado na Revista New Yorker dia 2 de dezembro de 2013.
As listas apelam para nossa tendência de categorizar as coisas. Este tipo de organização facilita a compreensão imediata e a lembrança futura. Além disso, nos sentimos melhor quando a quantidade de trabalho que temos de fazer para processar algo é menor. Quanto mais rápido decidirmos sobre algo mais felizes nos tornamos.
É o que dizem os psicólogos Claude Messner e Michaela Wanke em um estudo de 2011 sobre o “paradoxo da escolha”, que mostra como nos sentimos mal quando temos mais informações e opções. Aí a lista se torna escolha fácil. Ela promete um final definido. Uma lista é perfeita para nosso cérebro no ambiente atual, cheio de informações.
A lista nos atrai pelo pequeno esforço. Entre um post longo sobre o franchising como modelo de negócios e uma lista com as 5 dicas para franquear você escolherá a segunda opção, mesmo sabendo que não aprenderá nada (ou quase nada) com ela. Por essas e outras razões é que não vamos facilitar o trabalho para você.
Acima, as capas da revista TPM, que inspiraram este artigo e a criação da seção “Leitura Obrigatória”.