O que avaliar antes de investir em uma franquia em 2026

CEO da maior microfranquia do Brasil dá dicas para quem planeja entrar para o franchising no próximo ano

O mercado de franquias deve continuar em expansão em 2026, impulsionado pela digitalização dos modelos de negócio, pela entrada de novos perfis de empreendedores e pela busca por operações enxutas. Mesmo assim, escolher uma franquia ainda é uma das decisões mais estratégicas, e desafiadoras, para quem deseja empreender. Para ajudar quem planeja investir no próximo ano, o empreendedor e LinkedIn Top Voice Eduardo Córdova, CEO e fundador do market4u, maior microfranquia do Brasil, segundo ranking da Associação Brasileira de Franquias (ABF), lista os principais pontos de atenção e compartilha tendências que devem guiar o setor.

Empreendedor há 20 anos e à frente da maior rede de mercados autônomos da América Latina, Córdova acompanha de perto o movimento do franchising e acredita que o amadurecimento do setor exige mais critério de quem está começando. “A primeira pergunta que o candidato precisa responder é: essa franquia resolve um problema real e recorrente? Se a resposta for sim, significa que existe mercado, tração e espaço para crescer”, afirma.

Procure marcas que crescem com consistência, não com promessas
Segundo ele, o histórico fala mais alto que as projeções. “Franquias que entregam resultado de forma contínua, que crescem de maneira estruturada e transparentemente, tendem a oferecer mais segurança. Veja como a rede se comportou nos últimos anos, como se sustenta em períodos difíceis e como trata seus franqueados”, explica.

Nos últimos anos, o market4u foi destaque em rankings como LinkedIn Top Startups 2025, além de receber duas vezes o Selo de Excelência em Franchising da ABF, indicadores que reforçam desempenho e satisfação dos investidores.

Avalie o suporte: ele é o coração da operação
Para Córdova, suporte é o que diferencia uma boa franquia de uma franquia difícil de operar. “Treinamento, acompanhamento, tecnologia, padronização, canais de atendimento… tudo isso precisa funcionar. Franquia não é comprar um logo: é entrar em uma rede preparada para te ajudar a prosperar”, afirma.

Ele destaca que, no caso do market4u, o suporte está diretamente conectado ao modelo tecnológico: uma operação 24/7 só se sustenta com gestão remota, dados em tempo real, reposição inteligente e processos claros.

Entenda se o modelo faz sentido para o seu estilo de vida
Outro ponto é adequar a franquia à rotina do franqueado. “Nem todo mundo quer administrar equipes grandes, nem todo mundo está disponível para estar presencialmente todos os dias. Modelos mais enxutos, como microfranquias e operações autônomas, têm crescido justamente por isso”, diz.

Com operação sem funcionários e gestão via aplicativo, o market4u costuma atrair tanto investidores que buscam renda recorrente quanto pessoas que querem começar a empreender com baixo custo fixo.

Busque marcas que usam tecnologia para escalar (e não só para parecer modernas)

Com o avanço da automação, modelos digitais devem se tornar ainda mais presentes no franchising em 2026. Mas Córdova aponta um cuidado: “Tecnologia por tecnologia não resolve nada. O que transforma é tecnologia aplicada ao negócio, quando ela reduz custos, aumenta eficiência e melhora a experiência do cliente.”

Na rede market4u, por exemplo, a inteligência de dados orienta desde o mix de produtos até o abastecimento das lojas, permitindo que franqueados tomem decisões mais rápidas e precisas.

Ouça quem já está na rede
Antes de investir, o CEO recomenda conversar com franqueados atuais para entender o dia a dia da operação: “Pergunte se eles recomendariam a marca, como é o suporte, quais os desafios mais comuns e o que realmente funciona. A percepção do franqueado diz mais que qualquer apresentação comercial.”

Oportunidades para 2026

Para ele, o próximo ano deve consolidar modelos ligados à conveniência, autonomia e recorrência, comportamento que ganhou força após a expansão dos mercados autônomos no Brasil. “O consumidor quer facilidade, agilidade e controle da própria experiência. Marcas que entregam isso crescem mais rápido”, afirma. Córdova reforça que a combinação entre tecnologia, operação simples e capacidade de escalar deve seguir como principal diferencial competitivo.