Peça Rara Brechó abre 54 lojas em São Paulo e gera investimentos de R$ 40 milhões na expansão

A capital é responsável pela maior parte da ampliação, com a comercialização de 32 lojas

A rede de franquias Peça Rara Brechó, rede de franquias no segmento second hand (uso de segunda mão) e com 16 anos de atividade, atualmente tem mais de 150 lojas espalhadas pelo Brasil. São Paulo foi o Estado em que a expansão foi mais acentuada – com investimento dos franqueados em torno de R$ 40 milhões, foram comercializadas 54 unidades, das quais 13 ainda em fase de implantação, com a geração de mais 600 postos de trabalho diretos, sem contar terceiros e fornecedores. Segundo dados da ABF, só no primeiro semestre de 2023, São Paulo teve um faturamento em franquias de moda de mais de R$ 3,4 bilhões.

A capital teve investimento de R$ 20 milhões em 32 lojas. Dezembro foram inauguradas as 3 últimas unidades do ano na cidade, nos bairros da Moóca, Perdizes e Ipiranga. Já a Grande São Paulo com 6 lojas comercializadas no ABCD e Guarulhos, terá as lojas abertas ainda no primeiro trimestre deste ano. O interior conta com 16 loja, das quais 4 serão inauguradas também agora – Piracicaba, Taubaté e Vinhedo vão receber a 1ª loja da marca e Jundiaí, a segunda.

Franqueados

A loja da Vila Clementino na capital conta com 325m², os setores feminino, infantil e masculino e tem como sócios Heber Santos e Sérgio Burini. O casal queria empreender em algo que tivesse um propósito de vida – fosse alinhado aos seus valores de construir um futuro sólido para a filha de 5 anos e deixar um legado positivo de cuidado com a vida, o mundo e o meio ambiente desde já. Heber deixou o mercado de experiência do cliente para se dedicar 100% à administração da franquia. “Como especialista na experiência do cliente e tendo criado toda a jornada de um banco digital e de outras empresas, inclusive uma do mercado Pet, quero que a pessoa tenha a experiência de uma loja de shopping, mesmo estando num brechó”. Já Sérgio, que trabalha no segmento de produtos de tecnologia, deve seguir o mesmo caminho em 2024, quando forem inauguradas as lojas na região de Interlagos e do Jabaquara.

A franqueada Juliana Ferreira Nicolau já tem experiência com franquia – é dona de uma escola de inglês. “Conheci o Peça Rara por meio de um amigo que trabalhava no grupo SMZTO, depois fui visitar algumas unidades e fiquei apaixonada pelo projeto. Tenho a expectativa de ter 4 lojas e alcançar lucros sólidos com a satisfação de estar envolvida em um negócio que promove práticas sustentáveis e ajuda a reduzir o desperdício”. A unidade fica no bairro de Santo Amaro, também em São Paulo, tem 300m² e os setores feminino, infantil e masculino.

O Brooklin recebeu a primeira loja da marca em uma antiga unidade do Banco Safra, conhecido pelos imóveis glamurosos. A unidade tem 245m² e setores feminino, Infantil e masculino. Renata Mota, Andreia e Marcelo Fiera se interessaram pelo conceito de economia sustentável e já tinham essa paixão pela moda. Marcelo inclusive já trabalhou para uma confecção. A segunda unidade já está garantida, no bairro do Campo Belo. As obras devem iniciar em janeiro e, um spoiler dos sócios, a terceira loja já está em negociação.

Sebastian Lucca de Assis Netto já é veterano em se tratando de Peça Rara. Ele acaba de inaugurar sua segunda loja em Santana na Zona Norte da cidade Ela tem 600m² e abriga os setores feminino, infantil e masculino. “O que me fez apostar na marca foi o propósito. Gostamos da franqueadora, do apoio que oferece”. Outra informação importante é a análise que o franqueado fez de que os moradores da região tentam evitar cruzar o rio (Tietê), tentam fazer tudo na região onde moram. “Esperamos que os clientes vão lá quebrar essa barreira de se é um brechó chique ou não. Acho que é a resposta pra isso é um público diferente. A gente consegue flutuar por todos os públicos”.

Mercado

Com representatividade nos Estados Unidos e países da Europa, os brechós vêm ganhando cada vez mais espaço entre os brasileiros. O mercado de moda circular deve crescer de 15% a 20% até 2030 no país de acordo com as projeções do Boston Consulting Group (BCG). Já o Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), estima que o mercado de roupas usadas deve ultrapassar o varejo de moda em 2024, assim como o valor do setor de fast fashion até 2030. A utilização de itens de segunda mão é mais do que um hábito, é uma mudança de vida.