A forte movimentação do mercado imobiliário em Portugal tem configurado um cenário promissor aos negócios que atuam diretamente nesse segmento, oferecendo grandes oportunidades aos que desejam empreender no país. Um bom exemplo é a rede de franquias UNU, que no primeiro semestre de 2023 fez a mediação de venda de 500 imóveis em solo português. A marca registrou um faturamento de € 5,5 milhões (cerca de R$ 26 milhões) em 2022, um crescimento de 70% nos últimos três anos, por meio das 35 unidades em operação.
Com um quadro de franqueados composto em 15% por brasileiros, Fábio Ribeiro é um desses empreendedores que compartilha sua trajetória de sucesso em Portugal. A partir de um investimento inicial de € 70 mil (aproximadamente R$ 363 mil), o ex-engenheiro, que já residia no país quando decidiu investir em uma unidade da UNU, conta que após os seis primeiros meses de atividade, o negócio atingiu o ponto de equilíbrio da operação entre despesas e receitas.
“Conheci o Grupo NBrand, que controla UNU, no final de 2020, durante uma pesquisa acerca das marcas disponíveis no setor imobiliário em Portugal. Dentre todas as franquias com as quais tive contato, a UNU foi a que senti mais alinhamento em termos de missão e valores, especialmente nos aspectos de valorização à formação profissional, orientação à qualidade dos serviços e trabalho para melhoria contínua. Outro aspecto importante foi a proximidade e a disponibilidade do especialista da rede junto aos franqueados, o que garante a padronização e qualidade nas entregas”, conta o brasileiro.
O profissional explica ainda que o suporte da NBrand, em todas as etapas do processo, foi e é essencial ao negócio. “Há aspectos relativos à adaptação de ordem social, econômica, jurídica e fiscal, em que o apoio local se torna indispensável. Sem falar na questão de lidar com um ambiente de negócios diferente. O grupo sempre esteve disponível e atuante nessa assessoria. Todo novo negócio requer tempo e dedicação para ser construído, além de estar sujeito às dificuldades externas e internas. Alguns desses desafios provavelmente seriam insuperáveis sem essa assistência”, diz o franqueado.
De acordo com Cândido Mesquita, CEO e fundador do Grupo NBrand, muitos brasileiros têm buscado as franquias como opção de investimento e rentabilidade. “Especialmente aqueles que não têm a cidadania portuguesa, o visto do empreendedor (D2) é uma opção atrativa por não exigir um valor mínimo de aporte. Desde o começo desse ano, fechamos 18 de franquias com brasileiros, que já representam 30% de nosso número total de franqueados atualmente”, aponta.
Mercado aquecido
Nos últimos anos, o mercado imobiliário em Portugal experimentou um crescimento significativo, o que tem atraído muitos estrangeiros, incluindo brasileiros, a investirem no país. Uma pesquisa da Faccin Investments, que presta consultoria para brasileiros nos dois países, mostrou um aumento de 250% nas transações de compra e 225% nas de venda de imóveis no último trimestre de 2022, em comparação ao mesmo período de 2021. Algumas das razões para esse cenário são a valorização e rentabilidade dos aluguéis, a valorização dos preços dos imóveis e o incentivo fiscal.
“Mudar de país não é uma decisão fácil, muito fica para trás, e manter clara a motivação e os objetivos dessa mudança são vitais para seguir construindo a nova vida. Considerar esse tempo e todo o processo de adaptação ao novo ambiente, faz a diferença para a continuidade do negócio. Especificamente no ramo imobiliário, as recentes altas de juros e inflação generalizada têm provocado mais apreensão e quebra de ritmo do mercado, mas também têm reforçado, ainda mais, a relevância da força compradora externa para o sucesso do imobiliário em Portugal”, revela Ribeiro.