A RE/MAX Brasil registrou, em agosto, o melhor mês da sua história. No período, a empresa atingiu R$ 1,063 bilhão em Valor Geral de Vendas (VGV). O recorde de faturamento coincide com o movimento de queda de juros, iniciado no dia 3 de agosto, e mantido pelo Banco Central que reduziu a taxa básica de juros de 13,25% para 12,75%.
Nunca antes a RE/MAX Brasil, empresa que mais comercializa imóveis no País, havia batido a marca de R$ 1 bilhão em apenas um mês. Em agosto, tal qual ocorreu ao longo de todo o primeiro semestre, a companhia obteve crescimento de vendas em todas as regiões do País. Entre os estados, a maior movimentação foi em São Paulo (R$ 384 milhões), seguido por Rio Grande do Sul (R$ 117 milhões) e Mato Grosso (R$ 70 milhões).
A expectativa, até em função de mais uma queda da Selic, é que novos recordes sejam alcançados. “Mesmo em face de condições econômicas adversas, conseguimos excelentes resultados nos últimos anos. Entre 2020 e 2022, por exemplo, duplicamos nosso faturamento”, afirma Peixoto Accyoli, presidente e CEO da RE/MAX Brasil. “Agora, com o macro a nosso favor, esperamos que o desempenho da empresa acelere ainda mais”.
A hipótese da RE/MAX é suportada por números. Entre 2017 e 2021, a quantidade de imóveis vendidos no Brasil por ano dobrou – de 146 mil para 314 mil. No entanto, em 2022, houve queda, para 304 mil, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). A alta da taxa de juros, bem como os entraves para o financiamento, desponta como uma das principais responsáveis. “Perdemos em torno de 20% de negócios porque o cliente não se mostra satisfeito com as opções de financiamento que lhe são oferecidas”, afirma Accyoli.
Em função dessa dificuldade, a RE/MAX fechou em abril deste ano uma parceria com a Homefin, plataforma focada em facilitar e baratear a tomada de crédito. Ela serve como intermediária entre o cliente, que contrata o crédito, e o banco, que o fornece. Por sua experiência e inserção no mercado, promete filtrar entre inúmeras alternativas para oferecer a melhor ao consumidor – pesando renda, momento de vida e imóvel escolhido, por exemplo.
A RE/MAX, que hoje possui 630 unidades em operação no Brasil, espera fechar 2023 com 700, além de um VGV de R$11 bilhões – foram R$ 5,73 bilhões em VGV até agosto. Já em 2025, espera ter mil franquias e VGV entre R$18 bilhões e R$20 bilhões, ou seja, quase o dobro da meta para o ano corrente.