Desde muito cedo no mercado de trabalho, Alessandra Toribio, de 44 anos, sempre teve em mente buscar um caminho em que pudesse trilhar a sua trajetória profissional. Com o passar dos anos, vivenciou outros tipos de experiências, como assumir o negócio de família por mais de duas décadas e estudar design de interiores em Milão, na Itália, mas o desejo de ter o seu próprio negócio ainda era intrínseco, foi dessa forma que o modelo de franquias entrou na história da empresária. A primeira operação aberta nos moldes foi em 2020, no auge da pandemia. De lá para cá não parou mais e agora ingressa na rede Calçados Bibi, como franqueada da loja localizada no Shopping Center Norte, zona norte da cidade de São Paulo.
“Todas as minhas operações foram assumidas por meio de repasse. Como gosto de desafios, comandar um negócio que já está ativo é sem dúvida uma motivação para fazer o meu melhor. Os repasses não estão sempre ligados a má gestão. No caso da unidade da Bibi, era um ponto administrado pela própria franqueadora, que buscava fazer a transferência do negócio para um empresário. Dessa forma, assumi uma operação que seguia todas as instruções da marca e era ativa em ações e campanhas lançadas pela empresa”, revela a empresária que reabriu a loja no começo de fevereiro.
A Calçados Bibi foi fundada em 1949, em Parobé, no Rio Grande do Sul, com o propósito de fazer o bem, um passinho por vez. Atualmente, a marca possui duas plantas fabris localizadas no estado gaúcho e em Cruz das Almas (BA), mais de 150 unidades de franquias em operação no Brasil e em países da América Latina, além de canal próprio de e-commerce.
Repasses no franchising
De acordo com os dados do balanço 2022 divulgados recentemente pela ABF (Associação Brasileira de Franchising), cerca de 2,5% de operações foram repassadas no ano passado, mostrando que, em conjunto com as unidades abertas no mesmo período, há uma cristalização do crescimento do setor de franquias no Brasil.