O executivo especialista em dados Dimitri Rodrigues, 40 anos, assume como CEO da Depyl Action, rede de franquias especializada em depilação e cuidados com o pelo com mais de 90 lojas em operação entre Brasil e Venezuela. Com passagens pela Fundação Dom Cabral (FDC) e pela própria Depyl Action entre 2013 e 2015, quando era head da área de expansão da marca, entre outras experiências, Rodrigues retorna para a empresa com a missão de reestruturar processos, produtos e serviços. Tem, ainda, o objetivo de levar a marca para o exterior, a começar por Portugal.
“Nosso primeiro desafio é simplificar o negócio, desde o número de produtos e serviços, até processos e a própria gestão”, explica o CEO.
A reestruturação já começou, com a troca de praticamente todo o quadro de executivos da Depyl Action. As mudanças ocorreram em diversos setores com a chegada de novos profissionais para a liderança.
Além das trocas de cadeira, novas áreas foram criadas: escritório de projetos, data analytics, growth marketing, expansão, sucesso do franqueado e S&OP (vendas, operações e planejamento, da sigla, em inglês). “Esta última é uma área que abrange operações, vendas e planejamento, porque não adianta criar campanha de vendas forte e os fornecedores não acompanharem para a produção adequada”, exemplifica. “É preciso sinergia, então fizemos essa inovação interna de criar essa área.”
Expansão e novos modelos de franquia
Ainda que a companhia esteja nesse processo de mudanças internas, a expansão segue adiante. Os planos incluem a abertura de novas unidades na cidade de São Paulo, onde há duas lojas, e também estrear em capitais onde a marca ainda não está presente, como Curitiba, Porto Alegre e Cuiabá.
Novos modelos de franquias estão sendo planejados, como o de quiosques para corredores de shopping; o “store in store”, que consiste na abertura de uma unidade da Depyl Action dentro de outro estabelecimento, como um salão de beleza ou uma academia; e a microfranquia com atendimento na casa do cliente.
Um plano de assinatura dos serviços também está em análise, para ser oferecida aos clientes recorrentes uma relação diferenciada de custo-benefício.
Além disso, a Depyl Action está colocando um pé em Portugal. Em fase de estruturação, a ida para a Europa prevê a atuação da empresa brasileira como franqueadora no país e o crescimento por meio de franquias, como acontece no Brasil. Já para países como Estados Unidos, China e Índia, que estão em uma etapa seguinte do plano de expansão internacional, a marca pensa em trabalhar com máster franqueados. “Dependendo do tamanho do mercado adotamos estratégias diferentes”, explica o CEO. “O ano de 2023 será de muito estudo e análise de dados para as melhores tomadas de decisão e crescimento da empresa”, diz Rodrigues.
Sobre Dimitri Rodrigues
O mineiro Dimitri Rodrigues formou-se em administração pela Fumec, de Minas Gerais, e depois cursou MBAs em Gestão e Estratégica e Data Science e Analytics, ambos pela USP. Em 2022, finalizou um mestrado profissional em administração de empresas na Fundação Dom Cabral (FDC).
A carreira de Rodrigues é pautada em dados. Desde adolescente ele analisava dados que a mãe, epidemiologista, trazia para casa impressos em pilhas de papel para gerenciar situações de pandemias. Sua missão era ajudá-la identificando onde havia mais casos de doenças, para posterior envio de medicações a diferentes regiões. “Hoje, vejo que isso foi um diferencial, já que executivos precisam entender de dados. Eu já tenho esse conhecimento há anos, e, claro, depois me especializei.”
Justamente em função desse conhecimento, a FDC convidou Rodrigues para atuar como head de dados e analytics, cargo que ocupou até a chegada do convite para atuar como CEO da Depyl Action.
Antes da FDC, Rodrigues fundou e expandiu a própria franqueadora por seis anos, no ramo de alimentação saudável. Conta que foi a experiência mais desafiadora de sua carreira. “Foi a maior escola que já tive”, diz. “É muito solitário empreender, você é responsável por prover tudo. Como CEO as decisões são em colegiado, faz parte de um time, é uma engrenagem.”
No lado pessoal, Rodrigues é amante da música, toca diversos instrumentos, e músicas tão ecléticas quanto heavy metal e moda de viola, típica do interior mineiro. Sua casa abriga instrumentos de corda como o ukulelê, guitarra e violão, e também a bateria.
Outra paixão são as viagens de moto. Com ela, já viajou para Ushuaia, considerada o fim do mundo, por ser no extremo sul da América do Sul, e os Pirineus, entre Espanha e França.