“Queremos conquistar os consumidores brasileiros, sim, senão criança não vai para escola, mulher não tem emprego”, afirma categoricamente Bruno Silvestre (27) co idealizador e agente atuante da rede Reviva ao lado de Beatriz Marcelino (25), ambos paulistas de São Bernardo do Campo (SP). Ao contrário do que muitos podem pensar, eles não perderam o propósito, estão mais do que nunca firmes nele desde que começaram, há sete anos, quando fundaram a ONG Reviva.
Os números comprovam: em 2019 foram mais de US$ 50.000 investidos em impacto social, mais de 2.500 horas de aula e mais de 50.000 refeições distribuídas para comunidades remotas de Moçambique, principalmente a região rural de Nampula, e para os moradores de Jardim Gramacho, na Baixada Fluminense, onde por 30 anos funcionou o maior lixão da América Latina.
Quando decidiram buscar independência financeira investindo na venda de roupas feitas com tecido africano no lugar de bater de porta em porta em busca de doações, foi como o objetivo claro de impactar toda uma cadeia produtiva e, de quebra, contribuir para a conscientização de consumidores com poder aquisitivo suficiente para comprar produtos de extremo bom gosto. “Nós abrimos um negócio para possibilitar a continuidade de um trabalho de responsabilidade social, não o contrário. Nossa escola é o campo humanitário”, afirma Beatriz, que também é formada em Bioconstrução (e, Bruno, em Comunicação Social).
Com compaixão, perseverança, talento, organização e muito trabalho, eles estão conseguindo o que tanto desejam. Os dois jovens que se conheceram em 2011 numa festa e viram suas vidas ganharem mais sentido depois de estarem com comunidades remotas de Moçambique – o 15º país mais pobre do mundo – inauguraram em novembro de 2020 duas lojas-conceito (Casa Reviva Conceito) criadas exclusivamente para dois sofisticados shoppings do grupo Ancar Ivanhoe no Rio de Janeiro – Rio Design Center Barra e Rio Design Center Leblon. Dirigem ainda outras quatro unidades da Casa Reviva: uma no BarraShopping, também no Rio, e três em São Paulo: Pinheiros (loja de rua), Shopping Jardim Sul e Shopping Villa Lobos.
A meta é chegar a 20 pontos de venda até dezembro de 2022.
Como? Franqueando. E por quê?
O campo humanitário, que é a base do trabalho da Reviva, precisa continuar a ser prioridade. Abrir para o franqueamento é a forma que Bia e Bruno optaram para se manterem perto das pessoas que são a razão de existir da rede que criaram, enquanto dão um salto importante para angariar recursos para as comunidades que atendem.
“Em 4 meses da abertura do plano de negócios para franquia, no auge da pandemia, tivemos 60 interessados, a maioria executivos de grandes empresas. Uma devolutiva muito boa, considerando o cenário de incertezas do momento. Eles buscam um significado para seus investimentos, suas trajetórias pessoais e profissionais, algo que vá além do lucro, necessário, claro”, conta Bruno. “O objetivo prioritário de quem quer ser franqueado da Casa Reviva não deve ser ganhar muito dinheiro, é se transformar transformando a realidade das pessoas. E nossa intenção não é virar indústria. Nosso plano de negócios inclui ‘apenas’ 20 franqueados, para que a gente consiga, além de tudo gerar empregos com a produção dos produtos manuais, não perdendo a nossa identidade”, destaca.
Como é feito o repasse para as ações de impacto?
Os projetos têm custo fixo para manutenção dos salários, operações, contas de energia e alimentação das crianças, por exemplo. Se o franqueado vender 10 ou 100, o custo fixo será enviado mensalmente. Os excedentes, ou vendas de datas sazonais muito importantes para o varejo são usados para melhorias e implementações de infraestrutura nas comunidades atendidas, como a instalação de ar-condicionado numa sala de aula, reforma e troca do piso, construção de novas salas e até bonificação dos professores e colaboradores.
Produtos com total qualidade, rastreabilidade e propósito
As lojas Casa Reviva reúnem um coletivo de mais de 150 pequenos produtores de todas as regiões do Brasil, que criam cosméticos, obras de arte, objetos de decoração… Há, ainda, a grife própria de roupas Voz, que, entre peças confeccionadas com capulanas (tecido africano) e camisetas inspiradoras reforça a luta e a causa do espaço. Outra marca própria da Reviva é a Sinta-se em casa, com produtos que visam promover uma conexão mais profunda com o lar, como velas com óleos essenciais, moringas, tigelas, e pratos com poesia, aromatizadores, etc.
Na Casa Reviva Conceito, por sua vez, além de uma seleção apurada de itens de moda, decoração, design, bem-estar, cosméticos e gastronomia de mais de 50 artesãos e produtores brasileiros, os clientes poderão encontrar também peças de artistas renomados como Patrícia Maranhão e itens da Ilha do Ferro, oferecidos pela parceria com a Annesso – importante marca de obras de arte e de artesanato com assinatura exclusiva e que incentivam comunidades de todo Brasil. Todos os produtos também estão no e-Commerce da Casa Reviva , opção especialmente interessante em tempos de pandemia.
FRANQUIA CASA REVIVA – EM NÚMEROS
Faturamento de até R$ 1.000.000.00 por ano
Área mínima: 30m2
Prazo médio de retorno: 12 a 36 meses
Funcionários: a partir de 4 pessoas
Taxa de franquia será utilizada para construção de uma escola
Royalties pagos pelo franqueador serão utilizados para manter os custos da escola.
Pontos com pré-negociação:
Ribeirão Preto (SP)
Campinas (SP)
Brasília (DF)
São José (SC)
Belo Horizonte (MG)
Lojas já em funcionamento e que serão franqueadas:
CASA REVIVA
São Paulo: Shopping Jardim Sul & Shopping Villa Lobos.
Rio de Janeiro: Barra Shopping
CASA REVIVA CONCEITO
Rio de Janeiro: Shopping Rio Design Barra
Vantagens:
Loja pronta em ponto comercial já escolhido
Sistema de gestão de loja fácil e já em uso
Equipe de vendas já treinada e atuando na loja
Rede de 200 fornecedores e o melhor mix para as lojas
Diferenciais:
Loja com mais de 1.000 produtos de diferentes segmentos
Produção sem testes em animais
Orgânicos, sustentáveis, veganos
Responsabilidade social com impacto na prática e no DNA