A FecomercioSP defende que o Poder Público implante, de maneira coordenada, ações para a manutenção das empresas e dos empregos, bem como um plano de retomada da economia, que pressupõe a mobilização dos três poderes. A Federação acompanha os desdobramentos que a pandemia do coronavírus (covid-19) tem provocado em diversos setores da sociedade, em especial de comércio e serviços. A Instituição entende e aceita as restrições impostas ao funcionamento do comércio e à circulação de pessoas, que devem permanecer em suas casas para evitar a contaminação, mas cobra profundidade e velocidade das medidas já anunciadas.
De acordo com levantamento da Federação, são 460 mil estabelecimentos que não podem realizar atendimento presencial no Estado de São Paulo, o que representa 70% do comércio, geram 1,3 milhão de empregos formais e tem faturamento médio de R$ 1 bilhão por dia.
Por isso a FecomercioSP, como representante do empresariado paulista destes setores tem ouvido as principais dificuldades de seus associados e enviado propostas ao Poder Público para ajudá-los a enfrentar esse momento de crise. A instituição pede medidas mais expressivas do governo de São Paulo, que anunciou a liberação de R$ 500 milhões em crédito por meio do Banco do Povo e do Desenvolve SP, valor esse que não cobre nem um dia de faturamento do comércio que está de portas cerradas no Estado. Além disso, analisam que os micros e pequenos precisam ter acesso mais rápido ao crédito, com menos burocracia.
A Instituição também espera que o governador, João Doria, apresente alternativas ao gerenciamento dessa crise com um cronograma das próximas ações, bem como um horizonte de como se dará a retomada do comércio no Estado de São Paulo.
Já na esfera federal, a FecomercioSP entende que também é preciso rápida e profunda interferência na economia. O que se pode fazer a curto prazo é isentar as pequenas empresas dos tributos federais de abril, maio e junho; aprovar o Projeto de Lei n.º 647/20, que permite ao trabalhador sacar o valor total do saldo do FGTS em situações de emergência ou estado de calamidade pública; liberar créditos com juros baixo; e criar um fundo único de emergência que reúna todos os recursos das centenas de fundos existentes (que serão extintos) para o combate à crise.