Coworking é aposta de redes de franquias para potencializar expansão

Forte na Europa, o trabalho em coworking chegou ao Brasil em 2007, porém somente a partir de 2012 vários espaços para escritório compartilhado começaram a serem abertos pelas capitais do Sudeste e Sul do país. A redução de custos para abertura de um escritório é o que tem chamado a atenção de investidores.

Carlos Alexandre Gomes, diretor do Banneg – Banco de Negócios (rede com foco em soluções financeiras), enfatiza que o coworking oferece um ambiente melhor preparado e com mais profissionais do que se estivesse atuando dentro de casa ou apartamento para empreender. “Além do baixo custo da instalação, há mais privacidade e oportunidades de gerar mais leads para o negócio, já que é possível estar interagindo com profissionais e empresas de diversas áreas, e assim, gerando negócios entre si”, diz.

Para atuar em espaço em coworking, a pessoa paga pelo lugar que irá trabalhar, incluso mesa, cadeira, acesso à internet, ambiente com ar-condicionado, sala para reuniões, e também água e café. Geralmente é possível encontrar esses ambientes em prédios comerciais em grandes centros.

Gomes acredita que essa tendência irá aumentar fortemente nos próximos anos, inclusive em cidades de porte metropolitano.

Crescimento

Segundo dados apontados pelo Censo Coworking Brasil, são 1.194 espaços conhecidos em todo Brasil este ano, um salto de 48% em comparação com o ano passado quando foi registrado 810 pontos. São Paulo lidera como o Estado a mais trabalhar com coworking no Brasil, são 465 espaços em cidades acima de 150 mil habitantes. Seguido dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, com 123 e 99 escritórios compartilhados, respectivamente.

A pesquisa apontou ainda que foram movimentados 127 milhões; 214 mil pessoas circulando; 88 mil estações de trabalho disponíveis, e 7 mil empregos diretos. “Em espaços compartilhados é possível ter muito networking com pessoas de diversas áreas pelo fato que esses lugares abrigam em média 30 profissionais de diferentes segmentos, ideal para quem é autônomo e quer fugir um pouco do trabalho home office ou economizar no aluguel de um espaço físico”, enfatiza Gomes.

Gerando economia

O Banneg está no mercado de franchising há um ano e conta hoje com cerca de 100 unidades ativas atuando através dos modelos de negócios home office e loja física. Presente em 23 estados, a meta em 2019 é expandir e chegar a todo o território brasileiro, principalmente em cidades com menos de 100 mil habitantes, onde há menos concorrência e carência de serviços como empréstimo, financiamento e consórcios.

O trabalho em escritórios compartilhados é muito indicado para quem trabalha home office, onde é possível evitar as interferências pessoais, ter foco no trabalho e receber os clientes com infraestrutura profissional.

A marca já conta com franqueados praticando o coworking. Apesar de ainda ser um percentual pequeno, o diretor executivo acredita que em pouco tempo crescerá vertiginosamente a procura por espaços compartilhados, principalmente pela possibilidade de geração de economia para ter uma empresa.

“Assim como home office e escritórios compartilhados, bem como as cafeterias e escritórios convencionais, acreditamos que há um tempo para tudo.  Portanto, tendência ou não, as mudanças hoje ocorrem de forma muito rápidas. Hoje o coworking tem sua vez, figurando como uma alternativa.  E nós do Banneg não desprezamos nenhuma possibilidade”, conclui Gomes.