Com o passar dos anos, é comum redes de franquias passarem a apostar em mix cada vez mais diversos de produtos com o intuito de atender melhor o cliente. Não foi diferente com a Ortodontic Center e a avaliação é do consultor de franquias Marcus Rizzo, que acaba de redesenhar a operação da rede – ou apenas “aprimorar”, como prefere classificar.
“Eu acho que apenas alertei para coisas que eles já tinham e que eram muito legais e tinham que ser valorizadas. Não acho que é uma mudança, mas um aprimoramento”, destaca Rizzo.
O aprimoramento, no entanto, passou por medidas simples, mas que fizeram a rede avançar em dez anos a sua experiência no segmento, segundo palavras do próprio fundador da marca, Fernando Massi.
“A gente esta há 15 anos naquela operação. Muita coisa a gente sabia que precisava melhorar, mas com milhões de coisas para fazer às vezes deixávamos do mesmo jeito. E vir um sangue novo como o Rizzo é crítico para a operação e consegue ver coisas que são pequenas, mas que trazem resultados valiosos”, destaca Massi.
Entre as coisas “pequenas” na reestruturação da rede está a padronização das unidades, passando a comercializar apenas os modelos de 100m² ao invés dos nove modelos distintos, o fim de serviços que não sejam de ortodontia e a adoção de um modelo de arrendamento empresarial no qual o custo imobiliário é em parte pago por um investidor externo, reduzindo o custo total da franquia de 900 mil reais para 220 mil. Com isso, Massi conta que a rede agora consegue acolher franqueados que até então não teriam plenas condições para assumir o negócio, o que tornava o processo mais “doloroso”.
“O grande problema que temos na venda das franquias é que o franqueado que tem dinheiro não vai querer administrar o negócio e com isso o risco se torna grande. Um franqueado com perfil excelente, mas que não tem os 900 mil reais, mas 200 mil, já consegue entrar no negocio com um perfil muito melhor”, destaca o franqueador. Em troca do arrendamento, o franqueado compromete 10% do seu faturamento bruto mensal por um ano destinados ao retorno prometido ao investidor imobiliário.
Rizzo lembra que o modelo é uma cópia do que faz grandes redes, como o McDonalds, e que tem a vantagem de deixar o franqueado focado na gestão do negócio sem se preocupar com questões imobiliárias que seriam melhor realizadas pela franqueadora, que por lado ganha escala e padronização na instalação desses imóveis.
“Com isso eu melhoro e intensifico o treinamento e entrego a unidade pronta porque eu já fiz 500 vezes autorização para corpo de bombeiros, eu já sei quem é o melhor empreiteiro para colocar aquele negócio em no máximo em 30 dias de pé com chave na mão pra operar e não vou depender do amigo do tio do franqueado que é arquiteto e conhece um empreiteiro”, explica Rizzo. O resultado é que o intervalo médio para conclusão da instalação das unidades gira em torno de 30 dias diante dos tradicionais seis ou oito meses observados nos demais modelos.
A padronização em clínicas de 100m² e o fim de outros serviços que não sejam de ortodontia segue o intuito de retomar as origens da rede, com foco em um padrão que traga o melhor retorno e, com a sua padronização, gere escala.
“A ampliação do mix perdeu um pouco do posicionamento que eles tinham desde o início, que é clinica de alta performance. Então, na verdade, é só um ajuste para voltar para o jeito que ela nasceu e foi concebida – que é uma ideia genial”, explica Rizzo.
Segundo ele, a rede passa agora a poder operar como “gente grande”, já que ganha escala e peso nas negociações. Fernando Massi revela que uma bisnaga de resina, cotada a 500 reais no varejo, é obtida hoje por 200 reais a unidade graças a esse ganho de escala.
“Eles são gente grande, mas para compras tinham que se comportar como gente pequena devido a variedade de modelos. Agora, quando a gente faz isso, eles não só são gente grande como aparecem como gente grande. Não é mudança radical, mas uma obviedade naquilo que eles já faziam”, conclui Rizzo.
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