Negócios em família: a estratégia para unir os familiares em prol do negócio

As franquias têm se destacado com uma opção atraente para quem quer começar a empreender. As empresas do setor têm observado uma crescente procura por parte dos casais, que buscam neste formato de negócio uma maneira de ter mais qualidade de vida. Segundo dados da ABF-Rio (Associação Brasileira de Franchising Rio de Janeiro), cerca de 30% das pessoas que procuram informações sobre franquias são casais.

Ainda de acordo com a ABF-RJ, em 2013, o mercado de franquias movimentou, apenas no estado do Rio de Janeiro, cerca de R$ 15,190 bilhões, alta de 7,76% frente os R$ 14,093 bilhões do ano anterior. O Rio de Janeiro fechou o ano passado com 13.157 lojas franqueadas em operação, um aumento de 0,4% na comparação com 2012.

Numa análise do faturamento por segmento, o setor de negócios, serviços e outros aparece na liderança com participação de 29,1% nas vendas do franchising fluminense. A seguir vêm: Alimentação (18,9%); Vestuário (11,5%); Móveis, Decoração e Presentes (11,1%); Esporte, Saúde e Beleza (9,6%); Acessórios Pessoais e Calçados (7,6%); Educação e Treinamento (5,7%); Comunicação, Informática e Eletrônicos ((4,4%); Veículos (1,7%); Limpeza e Conservação (0,4%); e Hotelaria e Turismo (0,1%).

Christiane e Raul Bonan, casados há 18 anos, passaram a frequentar encontros de franchising, pois pensavam em ter o próprio negócio. Ela trabalhava no setor bancário e ele com telefonia. Cansados, resolveram conhecer as opções de franquia e estudar o retorno que elas poderiam dar.

— No banco, chega uma hora que você não tem muito para onde crescer. E, eu já tinha vontade de abrir meu negócio desde que comecei a trabalhar — conta Christiane que era a mais animada dos dois na empreitada. — Sou mais corajosa que ele. O Raul tinha receio porque tinha uma segurança maior e um bom salário.

Christiane deixou o emprego para se dedicar à primeira franquia do casal, uma lanchonete da rede Megamatte no shopping Cittá América, que abriram em 2008. Seis meses depois, confiante do desempenho do negócio, Raul também saiu do emprego e passou a trabalhar ao lado da mulher.

— A gente divide as funções. Eu cuido mais do relacionamento com os funcionários e ele fica mais à frente da parte operacional. Mas, nas tomadas de decisão, agimos como fazemos em casa: sentamos para discutir. Foi-se o tempo que o homem dominava as relações. Tanto em casa, como no trabalho, estamos unidos — destaca Christiane.

Hoje, o casal tem quatro franquias da Megamatte e já está montando a quinta. Eles não pretendem convidar um sócio para a empresa. Acreditam que o melhor é trabalhar com quem realmente confiam, o parceiro.

 

*Dados da última feira da ABF-Rio. Evento realizado em 2013 e que teve um público estimado de 25 mil pessoas.

 

Crédito: Ronaldo Rodrigues, Canal Comunicação