Imagine ter um negócio e, da noite para o dia, vê-lo ruir. Foi mais ou menos assim que aconteceu com os irmãos Rodrigo e Elias Ferrarezi, de Dois Córregos (SP). Eles criaram uma transportadora em 2012, que levava universitários e fazia passeios de turismo na região. Mas em 2020 veio a pandemia e tudo parou.
“Foi desesperador. Por um lado, havia uma doença que afetava o mundo todo. Por outro, com o fechamento das universidades e a pausa nas atividades de turismo, perdemos boa parte dos clientes”, diz Rodrigo. O que ele ainda não sabia é que, um ano depois, a quase falência de um negócio seria o início de outro: a franquia Flash Mix.
Novos ares
A Flash Mix é uma franquia de sorvete tipo italiano e churros. A pergunta que fica é: como o dono de uma transportadora foi parar no ramo de sorvetes?
“Um amigo do Nordeste tem uma sorveteria. Ele falou sobre esse mercado e percebemos que poderia ser um bom investimento”, diz o sócio da franquia Flash Mix.
Rodrigo tinha razão. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (Abis), o ramo de sorvetes fatura mais de R$ 14 bilhões por ano. “Compramos uma máquina de sorvete e abrimos um quiosque, foi um sucesso, até chegar o inverno, quando as vendas caíram”, diz. Era hora de inovar.
Vai um chuvete aí?
Na temporada mais fria do ano, os irmãos decidiram adicionar um novo produto no cardápio: o churros. Funcionou, mas os sócios da franquia Flash Mix não pararam por aí. “Criamos o chuvete, uma junção de churros com sorvete. A casquinha é feita de massa de churros, com recheio. Por cima vai o sorvete tipo italiano”, explica. Hoje o cardápio conta com açaí, casquinhas, churros, chuvete e milkshakes também.
Naquele ano, a Flash Mix faturou R$ 120 mil. Era hora de expandir, e assim foi feito. Em 2022, a empresa abriu uma unidade em Bauru (SP) e chegou a R$ 700 mil de faturamento. Em novembro do ano seguinte, uma nova unidade foi inaugurada em São José do Rio Preto (SP), chegando a R$ 800 mil de faturamento.
Para 2024, a franquia Flash Mix projeta alcançar 40 unidades em todo o Brasil, com investimento a partir de R$ 130 mil, priorizando regiões quentes e localização com alto fluxo de pessoas, com foco nas classes C e D. Até o início de março a rede já projeta a instalação de mais três novas unidades. “É um negócio com lucro mensal acima de R4 15 mil. Em toda rede, vendemos uma média de 5 mil casquinhas e 2,9 mil churros por mês”, finaliza o fundador da Flash Mix.