Antes de se tornar realidade, qualquer negócio foi inicialmente uma ideia inovadora. Apenas após muita pesquisa e muito trabalho estes projetos costumam estar prontos para sair do papel e ganhar o mercado – cada vez mais competitivo.
Após consolidada, no entanto, uma boa empresa precisa estar sempre em movimento para responder às demandas de mercado e adaptar-se as suas constantes mudanças. É justamente nestas horas que alguns empreendedores costumam cometer erros que podem levar ao fracasso não só da inovação, mas do próprio negócio em si.
É o que alerta o coordenador de estudos e pesquisas do programa de administração de varejo da FIA (Fundação Instituto de Administração), Nuno Fouto. De acordo com ele, um dos erros mais comuns de administradores na hora de inovar em seu próprio negócio costuma ser a inovação pela inovação, sem questionar a real necessidade daquela mudança e seus consequentes custos.
“Ao pegar uma ideia é preciso verificar o sentido que aquilo faz – seja para a empresa, seja para o cliente – e analisar qual a finalidade dessa inovação, já que muitas das vezes um modelo pode funcionar para um ambiente e para outro não”, explica pesquisador que ressalta, ainda, a necessidade de estar preparado para o caso de a inovação dar errado.
E estes são os casos mais comuns, como destaca o sócio-diretor da Dub Net consultoria em franquias, Danilo Andreoli. Segundo ele, o maior erro em casos de inovação em franquias é o franqueador impor a inovação para o franqueado, comprometendo a lucratividade do negócio e até mesmo gerando o fechamento de unidades.
“Acho que se envolve investimentos como maquinário e mudança de produtos esse risco tem que ser planejado e tem que partir do franqueador. Não se pode usar o dinheiro do franqueado. O franqueador é que tem que capitanear o investimento.”, alerta o consultor que reconhece que o mais comum é o custo da inovação ficar por conta do franqueado.
“Para poder inovar você tem que testar e para ter teste tem que ter loja própria. Isso é uma característica que não dá para abrir mão”, ressalta Andreoli.
Se for o caso de testar em unidades que não sejam próprias, Andreoli aconselha que haja uma bonificação para o franqueado caso a mudança não gere o efeito esperado afim de “minimizar impactos possíveis”.
“Quando se possui uma rede maior e um pouco mais estruturada é possível confiar em franqueados que já têm mais tempo de casa propondo inovação e mudança inicialmente nas minhas unidades próprias para depois testar com meus franqueados – preferencialmente em mercados diferentes”, aconselha o consultor que é categórico: a inovação tem que estar no DNA de uma franquia.
“O franqueador tem que estar pensando como é que vai ser o negócio dele daqui 10 ou 20 anos, senão ele não cria uma rede. Se ele não for inovador a rede dele vai ficando velha e ele perde mercado, por isso essa é uma das características mais fortes do franqueador”, destaca o consultor.
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