Desafios e soluções em franquias de comida havaiana: como superar barreiras em um dos setores mais exigentes

Com a expansão das franquias de poke, surgem desafios de gestão e a necessidade de transformar a percepção do consumidor em relação à alimentação saudável, que exige novas estratégias

O setor de alimentação no Brasil se destaca pela sua diversidade e toque de criatividade de empreendedores, frente à procura maior por opções saudáveis. Nesse segmento, as franquias de comida havaiana, especialmente as que oferecem poke, se tornaram uma alternativa atraente ao combinar frescor e sabor em um prato nutritivo e prático. O poke, que combina peixe cru, vegetais e grãos, é uma tendência global que busca experiências diversificadas sem deixar de lado a saúde e bem-estar.

De acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), dos aproximadamente 1.500 pontos de refeições expressas em centros de compras, estima-se que 5% apostem no nicho de alimentação saudável, com um faturamento anual de cerca de R$ 100 milhões.

Contudo, o caminho para o sucesso nesse mercado apresenta desafios para quem está à frente desses negócios lucrativos. Um dos principais obstáculos que gestores enfrentam ao empreender no setor alimentício é a complexidade da administração. Muitas pessoas que sonham em abrir um restaurante acreditam que o conhecimento culinário é suficiente, mas essa visão é limitada. Questões como o controle de Custo de Mercadorias Vendidas (CMV), gestão do desperdício e a elaboração de um demonstrativo de resultados (DRE) realizados com eficácia são fundamentais para a sustentabilidade do negócio.

Além disso, a falta de conhecimento sobre gestão financeira e de equipe pode levar ao insucesso. “A realidade é que a operação de um restaurante exige muito mais do que habilidades na cozinha, é preciso um entendimento a fundo de todos os aspectos administrativos”, afirma David Frankad, CEO da Menu Poke, rede de franquias de fresh food.

Outro desafio é a resistência cultural em relação à alimentação saudável. Para muitos, essa alternativa ainda é vista como uma dieta restritiva, o que dificulta a aceitação de pratos como o poke. Diante dessa condição, algumas franquias encontraram maneiras de transformar essa resistência em oportunidades. “A introdução de buffets a quilo, por exemplo, permite que os clientes experimentem diferentes combinações sem o compromisso de uma refeição completa. Essa estratégia ajuda a desmistificar a ideia de que a comida saudável é sem graça e incentiva mais pessoas a explorar essas opções”, comenta o especialista.

Para empreendedores que desejam entrar no mercado de comida havaiana, contar com uma marca já reconhecida oferece vantagem, pois permite que o franqueado se beneficie da reputação e modelo de negócios já comprovadas da rede. “Investir em uma rede com experiência e reconhecimento pode ser um diferencial na conquista de novos clientes. Estar ao lado de um time que já está crescendo nesse mercado e estabelece cultura em torno da alimentação saudável é um ponto chave para o sucesso do franqueado”, recomenda David.

Um exemplo dessa estratégia é a Menu Poke, que, desde sua fundação em 2019, se destaca no segmento de fresh food. A empresa oferece uma variedade de opções, mas também educa seus consumidores sobre os benefícios de uma alimentação saudável. Com mais de 1.500 combinações em seu cardápio, a rede busca mostrar que é possível consumir pratos saborosos e saudáveis ao longo de todo o ano. O objetivo é desmistificar a ideia de que o poke é um prato exclusivo do verão.

Em um mercado competitivo e sempre em evolução, a inovação, a gestão eficiente e a comunicação são quesitos para o sucesso das franquias de comida havaiana. Aqueles que buscam empreender nesse setor devem estar preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem na busca por uma alimentação consciente.