Em 2023, o mercado de geomarketing movimentou globalmente US$14,35 bilhões, segundo análise da Mordor Intelligence. A ferramenta se baseia em dados de localização para atingir o público-alvo com as mensagens certas, criando novas oportunidades de negócio e tem sido muito utilizada por redes de franquias, por possuir um ritmo de expansão mais acelerado.
Para Lucien Newton, vice-presidente da vertical de consultoria da 300 Ecossistema de Alto Impacto, que acumula mais de 90 redes de franquias sócias e mais de 10 mil franquias abertas em todas as regiões do Brasil, antes de expandir para uma nova região, o franqueador precisa realizar uma pesquisa de mercado detalhada para entender as necessidades e preferências dos consumidores locais, bem como a concorrência existente. “A estratégia de marketing precisa ser adaptada para atender às características específicas de cada região, levando em consideração diferenças culturais, demográficas e econômicas”, diz o executivo.
Essa tem sido a estratégia de expansão da Ecoville, rede de franquias de produtos de limpeza, que atua em todos os territórios nacionais por meio das suas mais de 300 unidades. Fundada em 2007, a empresa começou a segmentar seu mix de produtos em 2016, quando entrou para o franchising e o negócio disparou a crescer, saindo de 40 unidades para 100 unidades no primeiro ano de atuação com o modelo de franquias.
“A análise de dados demográficos e do perfil do consumidor permite à Ecoville ajustar seu mix de produtos de acordo com as tendências e preferências locais. Embora o modelo de negócio siga padrões estabelecidos, a empresa oferece flexibilidade nas operações das unidades franqueadas. Elas podem ajustar seu inventário para incluir produtos que tenham maior demanda em sua região. Por exemplo, a região Sul tem maior demanda por lava roupas, alvejantes e limpa pisos. Já no Sudeste é pelo limpa vidros, lava louças e limpa pedras”, diz Cristiano Corrêa, CEO da Ecoville.
De olho na expansão nestes dois mercados, Corrêa explica que a região Sul foi o ponto de partida devido à proximidade com a sede da empresa, em Joinville, e por ser um mercado receptivo aos produtos de embalagem econômica. Já a Sudeste se destaca por ser o maior polo econômico do Brasil, por apresentar uma densidade populacional alta e uma diversidade econômica significativa. “Esta região inclui também a maior concentração de centros urbanos com alto poder de compra, o que potencialmente aumenta a demanda por produtos de limpeza de qualidade e serviços associados, além de funcionar como um hub logístico que facilita a distribuição para o mercado nacional”, completa Corrêa.
Identificar as mudanças nas preferências dos consumidores e ajustar o mix de produtos a estratégias de marketing conforme a necessidade do consumidor local tem sido um forte aliado para o crescimento da Ecoville. Com essa análise, os franqueados respondem rapidamente às demandas locais e se adaptam a tendências de consumo da região por meio de campanhas publicitárias direcionadas, eventos locais e promoções sazonais, que ressoam com o público-alvo em cada área geográfica.
O consumidor está cada vez mais exigente e isso é uma realidade. Por isso, o crescente foco na personalização e na experiência do cliente impulsiona a adoção de estratégias mais refinadas. As empresas que conseguem oferecer experiências personalizadas e relevantes para os consumidores em nível local terão uma vantagem competitiva significativa no mercado. “O modelo de negócio da Ecoville foi formatado para estar presente onde houver necessidade de limpeza, ou seja, em todos os lugares. O conceito da marca é baseado na conveniência no modo One Stop Shop, que consiste em tudo relacionado à limpeza no mesmo lugar. Nesse sentido, nossas estratégias estão focadas em maximizar as chances de sucesso, minimizar os riscos de investimentos e aumentar a eficiência de vendas por meio da personalização da oferta de produtos”, finaliza o CEO.