Quando Leonardo da Vinci pintou A Última Ceia para a igreja de Santa Maria delle Grazie, em Milão, possivelmente, no ano de 1496, estava reproduzindo o ritual mais importante para o Cristianismo. Jesus sentado à mesa com seus apóstolos, naquela que seria a sua última refeição. O ato reproduz o costume, ainda resistente, de celebrarmos as datas especiais, fazendo aquilo que tanto gostamos: nos reunir com a família e com amigos para comer.
É dessa forma que a Rede Giraffas deseja celebrar a data de 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação. A Rede, que completa 40 anos, vende anualmente cerca de seis mil toneladas de arroz e feijão no Brasil, que se transformam em mais de 30 milhões de pratos. Nenhuma outra no setor tem números próximos a este, quando o assunto é a combinação dos dois alimentos mais desejados pelos brasileiros.
Outras razões também empolgam as comemorações do Dia Mundial da Alimentação. Nos cinco primeiros meses de 2021 a indústria de alimentos manteve a trajetória de gradual retomada de atividade, movimento iniciado no segundo semestre do ano anterior. As exportações continuaram sendo o principal destaque, mantendo a taxa de crescimento, enquanto as vendas no mercado interno, influenciadas pelo ritmo de expansão mais moderado da economia do país no primeiro trimestre, passaram por uma fase de acomodação. O Giraffas, no dia 12 de outubro, por exemplo, vendeu cerca de R﹩4 milhões, mais de 100,1% em relação a 2019, e de 93,3% da meta de 2021.
Em relação ao Giraffas, parte das lojas está com faturamento acima de 2019, melhor ano da Rede, e algumas lojas já estão rodando acima da média do ano. No acumulado do mês de outubro ,166 lojas ficaram com faturamento acima de 2019 e 122 lojas acima da meta. “Devido a uma demanda reprimida de consumo que aconteceu durante a pandemia, vemos os números se recuperando mesmo com um cenário econômico de recessão e forte desemprego”, comenta Victor Romancini, gerente Administrativo e Financeiro da Rede Giraffas.
De acordo com pesquisa mensal da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), entre janeiro e maio deste ano as vendas reais do setor (mercados interno e externo) apresentaram expansão de 2,1% e a produção física (base volume) de 2,5%, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. O desempenho acumulado nos últimos 12 meses, até o mês de maio, ficou próximo ao do fechamento de 2020: as vendas reais apresentaram alta de 3,9% e a produção física (em volume), de 1,7%
A indústria brasileira de alimentos e bebidas registrou crescimento de 12,8% em faturamento no ano de 2020, em relação a 2019, atingindo R﹩ 789,2 bilhões, somadas exportações e vendas para o mercado interno. Esse resultado representa 10,6% do PIB nacional, segundo pesquisa conjuntural da ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos). Em 2019, o setor registrou R﹩ 699,9 bilhões.
Descontada a inflação do período, a indústria de alimentos obteve aumento de 3,3% nas vendas reais ano passado. Na produção física (volume de produção), o setor cresceu 1,8% em relação a 2019. Esse resultado se deveu ao aumento das vendas para o varejo, de 16,2% em 2020, e das vendas para o mercado externo, de 11,4%.