Sinceridade nas métricas é fundamental para boa avaliação de franqueados, defende especialista

Assim como um relacionamento, a abertura de uma franquia deve passar por um longo período de “namoro” e estudos, sobretudo quanto às métricas de avaliação e potenciais de lucratividade e retorno de uma unidade – que muitas das vezes escapam aos critérios estabelecidos para avaliar o desempenho do franqueado.

É o que explica a sócia-fundadora e consultora da Expande Franquias, Fabricia Vidaurre. Em entrevista ao Mapa das Franquias, a especialista explicou como funcionam as métricas utilizadas por grandes redes para avaliar e ranquear franqueados e destacou:

“Dentro de uma rede franquias eu tenho unidades que performam menos e aquelas que performam mais, por isso até que tem rankings. Óbvio que todo mundo quer estar em primeiro, mas para ser o primeiro tem uma série de fatores que vai determinar isso”, explica Vidaurre ao destacar entre esses fatores ponto, praça (cidade onde está localizado o negócio) e a presença do franqueado na ponta da operação, por exemplo.

“Se a gente for comparar unidades em que o franqueado está a frente do balcão operando e aquelas em que ele é mero investidor vemos que tem diferença de performance. O que esta na operação vai performar melhor”, explica.

O problema, no entanto, surge quando o franqueador não transmite essa informação ao franqueado, que fica frustrado por não alcançar uma boa “avaliação” quando na realidade seu próprio negócio possui um limite de rendimento determinado por esses fatores.

“Se você não tem um bom gerente de expansão e uma pessoa que passe isso pro promissário franqueado num primeiro momento, por mais que você fale tudo, depois virão questionamentos”, lembra a sócia-fundadora da Expande Franquias. Segundo ela, não há como entender esse limite senão acompanhando de perto a operação da franquia.

“Geralmente o que acontece é que o franqueado é um bom operador, segue as regras e os padrões da franqueadora, o consultor tem as duas pontas trabalhando bem para performar melhor aquela unidade e os dois juntos conseguem entender qual é o ponto máximo de desempenho”, explica Vidaurre.

Segundo a especialista, a avaliação feita sem acompanhamento ou orientação do franqueado pode gerar problemas graves, como a perda de credibilidade da franqueadora junto ao franqueado. “Imagine uma rede onde todos os franqueados estão com as expectativas frustradas? Por mais que eles dêem suporte, corram atrás para ajudar o franqueado, o franqueador está desacreditado perante o franqueado. Tudo o que ele falar não adianta nada”, alerta a consultora.

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imagem freepik