Reforma de franquias: Mitos e Verdades

Planejamento é a palavra chave para todo o empreendedor que deseja mudar a cara do seu estabelecimento – seja para a colocação de um novo piso, uma nova pintura ou um novo mobiliário. E quando se trata de uma franquia, a preocupação é ainda maior, pois a identidade visual e o layout da unidade devem respeitar milimetricamente os padrões propostos pela franqueadora.

Confira agora os mitos e verdades que rondam este universo, de acordo com profissionais e especialistas do setor:

MITO
Ao abrir uma franquia não preciso me preocupar com despesas relativas a reformas. A verba é de responsabilidade da franqueadora.
Errado! Antes de tomar a decisão acerca de qual marca investir, esteja atento ao capital necessário para a inauguração/reforma do ponto comercial. De acordo com a especialista em Franchising e Varejo, Cristiane de Paula, a verba necessária para inauguração/reforma de um estabelecimento varia muito de acordo com o segmento escolhido. “O planejamento deve acontecer em primeiro lugar, não podemos contar apenas com o investimento inicial, é necessário ter capital de giro para abrir a unidade e garantir o seu funcionamento, além de manter uma reserva financeira permanente para imprevistos”, alerta Cristiane.

VERDADE
Tenha um fundo permanente para reforma.

Os franqueados estão constantemente suscetíveis a mudanças impostas pelas franqueadoras, por este motivo o empreendedor deve sempre ter um fundo de reserva que suporte este tipo custo emergencial. “Uma mudança na comunicação visual, que envolva toda a rede, por exemplo, não pode ser postergada, sob o risco de comprometer toda a estratégia de marketing da empresa”, explica Ricardo Marcondes, gerente de expansão da franqueadora TIP TOP, rede de vestuário infantil.

MITO
Basta contratar um pedreiro e começar o quebra-quebra.

Decisão equivocada! Opte pela contratação de uma empresa especializada em gerenciamento de obras. No Brasil, estamos acostumados com o famoso “jeitinho” para reformar casas e empresas. Não há uma coordenação adequada dos prestadores de serviços, como eletricista, pintor, gesseiro, enfim de todos os profissionais que trabalharão na obra. Sem o planejamento de horários, atividades e sinergia entre os profissionais logo vem o atraso na entrega e a empresa começa a deixar de faturar.

Para Aldemar Maffini, gestor de operações da franqueadora CEBRAC, rede de franquias do setor de educação, um dos maiores desafios para a reforma de uma unidade CEBRAC é a organização da estrutura com rodízio de ocupação de salas de aula ou realização de trabalhos em horários fora do expediente. “A importância de uma empresa de gerenciamento de obras, nesse cenário, é justamente o alinhamento das funções desses profissionais. Conciliamos a contratação, horários de trabalho e pagamento destes diversos profissionais, respeitando as atividades realizadas e a rotina de trabalho de cada grupo”, frisa Barbara Kemp, fundadora da Kemp oficina de projetos, empresa de projetos e gerenciamento de obras.

VERDADE
É possível reformar de portas abertas.

Essa dica é importante, pois a demanda pode surgir repentinamente por parte do franqueador (uma reformulação de fachada, com alteração de logomarca, por exemplo) ou de uma necessidade iminente da unidade. Foi o que aconteceu com o franqueado do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos) Diogo Palmieri. Palmieri adquiriu a unidade CEBRAC da cidade de Apucarana em 2012 e teve que reerguê-la, pois o antigo gestor não teve foco na administração e por isso vendeu a escola. Para Diogo o mais difícil foi conciliar a prospecção de novos alunos e a reforma. Foram trocadas mais de 40 lâmpadas, além de reparos nas salas de aula e a instalação de novos equipamentos. “Tivemos que ter redobrada atenção porque tínhamos que manter os poucos alunos que estavam matriculados, e ainda montar novas turmas. Foi de vital importância mostrar e provar aos alunos que a reforma era algo positivo e que não atrapalharia na condução das aulas”, explica Diogo Palmieri, gestor da escola.

MITO
O início da reforma é uma decisão exclusiva do empreendedor. Uma reforma geralmente envolve quebra-quebra, considerável barulho e poeira, por isso, o respeito e a comunicação com os vizinhos e comerciantes do entorno são de vital importância. Alinhe um período e horários em que a reforma não prejudique a rotina da comunidade local. “Nós da KEMP fizemos reformas na rede QuickSilver, loja de roupas e conseguimos êxito . Isto porque tivemos comunicação prévia com todos do entorno, conscientizando funcionários e demais pessoas dos benefícios futuros da reforma”, evidencia Barbara Kemp, fundadora da empresa Kemp Oficina de Projetos.

VERDADE
Planeje quais produtos/serviços podem ter um período de ausência ou suspensão de vendas devido à reforma. É essencial que o franqueado converse com a franqueadora e decidam quais produtos ou serviços podem ser retirados do leque de ofertas ou das gôndolas, caso essa medida seja necessária para reformar a unidade. No caso da rede especializada em estética do olhar, Sóbrancelhas, a franqueadora Luzia Costa, explica que devido à mudança de layout que foi executada na unidade de Taubaté, interior de São Paulo, deixou de realizar na loja durante o período de reforma o procedimento de micropigmentação de sobrancelhas. “A técnica voltou a ser oferecida assim que foi concluída a reforma”, contemporiza.

MITO
A franqueadora não precisa ser envolvida no andamento da reforma.

Apesar de ser da franqueadora a responsabilidade de fiscalizar, o franqueado também deve comunicar continuamente a evolução da obra. Gustavo Agliardi, franqueado do CEBRAC, explica que todo ano reforma algo, afinal, ele já está à frente do negócio há mais de 10 anos. “Sempre modifico alguma coisa na escola, seja o mobiliário ou pintura. É necessário renovar e acompanhar tendências, a fim de se manter competitivo no mercado” esclarece o franqueado.

VERDADE
Tenha prudência nas escolhas dos materiais de construção.

É necessário ter cautela e observação na compra de produtos que sejam similares aos exigidos pelos franqueadores. Aldemar Maffini, da franqueadora CEBRAC, elucida que os franqueados devem se preocupar, sobretudo, quando da aquisição de tintas, piso, luminoso, placas e móveis, que, geralmente, têm especificações bem características.

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