Mesmo em tempos de crise, homens se mostram vaidosos e desembolsam mais em cuidados pessoais

Segundo o último Estudo Global de Confiança do Consumidor da Nielsen, 18% dos homens brasileiros acreditam que a economia deve melhorar nos próximos 12 meses, sendo que apenas 11% das mulheres têm a mesma opinião. No cenário de consumo, 46% deles acreditam que vivem o momento certo para comprar coisas que desejam, pois são mais confiantes e economizam mais. Diante desses índices, onde será que os homens brasileiros estão desembolsando mais?

Segundo pesquisa Nielsen sobre o Mercado Masculino (Male Market), o setor de Higiene & Beleza, que está em ascensão, é uma das principais opções, visto que cuidar da aparência pode ser trazer benéficos a um baixo custo em tempos difíceis na economia.

No período de junho de 2014 a junho de 2015, o público masculino foi responsável por 35% dos gastos dos itens de Higiene e Beleza, entre shampoo, condicionar, tintura, lâminas, sabonete, desodorante, face care (produtos de tratamento para rosto), body care (produtos de tratamento para corpo) e perfumes. “Isso ocorre, pois muitos homens preferem comprar os produtos em lojas do varejo e utilizar em casa, ao invés de ir até o salão de beleza”, explica Margareth Utimura, especialista de indústria da Nielsen.

A compra desses itens foi mais concentrada em produtos de necessidade básica, assim como shampoo, desodorante, lâminas para barbear, shampoo e condicionador. Essas categorias masculinas de necessidades básicas cresceram, no total, 2,3% em volume de vendas. Mas, segundo Margareth Utimura, somente a categoria shampoo “men” (focados no universo masculino) obteve crescimento expressivo em relação ao total do mercado. A categoria condicionador apresentou resultado negativo, talvez por falta de ações que estimulem o público masculino para a compra de um produto especifico para eles. “Em muitos casos, o público masculino está consumindo itens que não foram criados especificamente para eles e optam por produtos utilizados em casa por toda a família. Por isso, itens considerados “men” (focados no universo masculino) não tiveram dados mais representativos de vendas”, explica ela.

Já entre os itens de necessidade ocasional, os gastos com esses produtos no geral, entre perfumes, colônias, hidratantes, cremes para barbear e pós-barba, cresceram 10% por pessoa, na comparação no período de junho de 2015 a junho de 2014. Quando se trata de hidratantes para o corpo, os gastos aumentaram 18,9%. O canal porta-a-porta foi destaque para o crescimento.

Em relação às preferências dentro de necessidade ocasional entre as diferentes faixas etárias, “homens de 19 a 25 anos contribuíram para o crescimento de 44% da categoria de hidratantes para o corpo, comportamento que aponta para um homem cada vez mais vaidoso”, destaca Margareth. Já na faixa etária de 36 a 45 anos, o público masculino contribuiu com 66% de crescimento para a categoria perfumes.

A especialista na indústria explica que mesmo com dados positivos do mercado masculino de Higiene e Beleza, hoje, muitos homens brasileiros não utilizam produtos específicos, talvez por falta de informação ou estímulos de ações no ponto de venda e com a mídia. No caso da categoria desodorantes, por exemplo, cerca de 30% dos homens utilizam produtos que não foram desenvolvidos especialmente para esse público. “Por isso, indústria e varejo precisam ter um posicionamento mais impactante para o mercado de H&B masculino e enriquecer o ponto de venda com marcas e versões voltadas para esse público. Também devem trabalhar de melhor forma a comunicação nesses locais com ações promocionais que facilitem o entendimento dos homens”.

E onde esses consumidores buscam informações sobre esse mercado? Segundo a Nielsen, a internet é um dos melhores meios para encontra-los. Os homens se atualizam e buscam novidades principalmente através das redes sociais, e-mail, vídeos, portais e sites de notícias.

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