Mercado imobiliário prevê crescimento para este ano

O ano começou otimista no cenário econômico brasileiro e tudo indica que a crise que atingiu o país nos últimos anos finalmente chegará ao fim. Dentre as propostas do novo governo, o grande destaque é para a recuperação da economia: manter a taxa básica de juros mais baixa e as condições de crédito para os consumidores mais acessíveis são prioridades.

Se essas medidas forem colocadas em prática diversos setores do mercado serão beneficiados, inclusive o mercado imobiliário. “Quanto maior o aumento da confiança do consumidor na economia maior sua probabilidade de investir em parcelas a longo prazo, e investir na casa própria faz parte dessa equação”, avalia Odair Bellentani, gestor do Banneg – Banco de Negócios.

Cenário ideal

Após um longo período de recessão, o mercado imobiliário brasileiro voltou a se aquecer – considerado um dos termômetros da economia brasileira, especialistas acreditam que este será o ano da virada para o setor, que registrou uma melhora significativa no final do ano passado.

Durante o mês de novembro de 2018 foram comercializadas 3843 unidades residenciais novas apenas na capital paulista, segundo a Pesquisa de Valores de Locação Residencial realizada pelo SECOVI (Sindicato da Habitação) do estado de São Paulo. O resultado foi 36,5% maior do que o do mesmo período do ano anterior.

Contribuindo diretamente para este cenário, o governo pretende deixar a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) a níveis menores durante o ano como parte da estratégia para tirar o país da crise. “O índice Selic também é utilizado como taxa básica de juros e sua diminuição impacta diretamente sobre a oferta de crédito imobiliário, ou seja, o consumidor terá mais chances de obter um financiamento a juros menores”, explica Bellentani.

É justamente o que oferece o Banneg – Banco de Negócios: serviços e produtos de qualidade com os preços mais acessíveis do mercado. São mais de cem unidades que comercializam um leque completo de serviços financeiros, envolvendo tomadores de crédito e investidores. Junto a diversos bancos parceiros, o Banneg comercializa consórcio de imóveis, automóveis e caminhões; financiamento e refinanciamento de imóveis e automóveis; consignados e consignados privados, crédito rural, empréstimo pessoal, entre outras soluções do mercado financeiro. “O diferencial não está apenas no benefício ao franqueado, mas também ao cliente final, que encontra diversos produtos do mercado com os mais variados percentuais de juros que se adequam ao bolso do consumidor”, explica o gestor. “É justamente isso que o brasileiro procura: alternativas para investir. A partir do momento que você oferece diversas possibilidades o cliente fica mais à vontade para fazer o investimento que mais se adequa ao seu perfil”.

No Banneg, a busca por financiamento e consórcio de imóveis chega a 10% e 90%, respectivamente, o que indica que muita gente ainda está em busca da casa própria. Tal realidade foi comprovada por um levantamento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) realizado em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV): segundo a pesquisa, o déficit habitacional no Brasil em 2017 foi estimado em 7,77 milhões de unidades – comparativamente, é como se todas as pessoas do estado de Santa Catarina não tivessem casa própria.

Segundo o levantamento, a maior parte do déficit é formada por famílias que ganham até três salários mínimos por mês, mas a demanda por moradias também atinge consumidores de rendas intermediárias, como a classe média, por exemplo, que presenciou a instabilidade da economia brasileira por conta da crise.

“Isso mostra uma lacuna e também uma oportunidade no setor imobiliário: vai se destacar aquele que oferecer as melhores condições para o cliente. Mas é necessário entender o cenário brasileiro: se a maior busca pela casa própria vem do público com menores condições financeiras, então é preciso oferecer preços justos que cabem no bolso desse público. Do que ainda cobrar um preço exorbitante sendo que meu público não terá condições de pagar?”, avalia Bellentani.

Tendências

O bolso do consumidor é um parâmetro clássico para avaliar as estratégias de mercado, claro. Mas os padrões de consumo do público é também um grande incentivador de mudanças. A pesquisa realizada pelo SECOVI mostrou um dado curioso: além de se manter estável em relação a novembro, o mês de dezembro registrou um aumento na comercialização de imóveis de um dormitório (0,15%).

Apesar do número ainda não ser expressivo, é cada vez mais comum vermos por aí empreendimentos de unidades compactas, idealizados apenas para uma pessoa, e a tendência é que esses projetos cresçam ainda mais. “Essa nova geração de jovens é bem peculiar: demoram mais para sair da casa dos pais e, consequentemente, também demoram para formar uma família ou às vezes nem têm isso em mente”, explica o gestor do Banneg. Para ele, não faz sentido investir bem mais num imóvel de vários quartos sendo que o cliente mora sozinho.

Outra novidade que promete aquecer o mercado imobiliário é o surgimento de empreendimentos coliving: apartamentos com apenas quarto e banheiro, onde as demais atividades fazem parte da área comum do local para que todos possam compartilhar (cozinha, lavanderia, etc.).

Para atender um público cada vez mais heterogêneo e com diversas necessidades, o mercado imobiliário teve de se reinventar e sair do padrão clássico – de um lado, empreendimentos residenciais, do outro, comerciais; bairros com casas; bairros apenas com prédios; e assim por diante. É cada vez mais comum vermos complexos de apartamentos residenciais com galerias onde estão localizados os mais diversos segmentos do comércio: lojas, minimercados, padarias, escritórios, consultórios, tudo no mesmo lugar. “Se esse é o ano de virada do mercado imobiliário muito será por conta da atualização que o setor faz para atender seu público. Um setor que não abraça as mudanças não consegue prosperar, e hoje, mais do que nunca, é importante se adequar às vontades do cliente, não o contrário”, finaliza o gestor.