Mercado de trabalho do setor de serviços paulista tem melhor ano desde 2013

O setor de serviços no Estado de São Paulo eliminou 56.032 vagas com carteira assinada em dezembro, resultado de 143.551 admissões contra 199.583 desligamentos, interrompendo cinco altas mensais seguidas. Por outro lado, 115.309 vagas foram criadas ao longo de 2018. Com isso, o setor encerrou o mês com um estoque ativo de 7.416.743 vínculos celetistas, aumento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2017.

Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (PESP Serviços), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e no impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Todas as 12 atividades analisadas registraram mais desligamentos do que admissões em dezembro, com destaque para educação (-23.529 vínculos) e transporte e armazenagem (-9.936 vínculos).

Em relação ao mesmo período de 2017, apenas o serviço de administração pública, defesa e seguridade social (-0,3%) sofreu leve variação negativa no estoque de vínculos. Em contrapartida, as atividades de informação e comunicação (3,8%) e de serviços médicos, odontológicos e sociais (3,4%) apontaram as maiores taxas de crescimento na mesma base comparativa.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, apesar da retração de vínculos no mês de dezembro, 115.309 novos postos de trabalho foram criados durante o ano de 2018, o melhor resultado de um ano fechado desde 2013. Além disso, dos 12 grupos de atividades avaliadas, 11 apontaram mais admissões que desligamentos no ano.

Para a Entidade, o emprego no setor de serviços aumentou porque o segmento é transversal na economia, atende a todos os outros ramos e se beneficia de uma aceleração, ainda que tímida, consistente no ambiente econômico atual. Segundo a Federação, as vagas perdidas nos piores períodos de crise (2015 e 2016) estão sendo recuperadas. Entre os anos de 2017 e 2018 já houve restituição de metade dos vínculos encerrados nos anos anteriores. A expectativa é de que a economia continue crescendo e de que novas contratações sejam efetivadas em 2019, até que se recupere a totalidade das vagas perdidas durante a crise.

Capital paulista

O setor de serviços da capital paulista eliminou 15.814 vagas em dezembro. Das 12 atividades analisadas, 11 apresentaram mais desligamentos do que admissões, com destaque para educação (-8.698 vínculos) e serviços médicos, odontológicos e sociais (-1.752 vínculos). O único grupo que registrou saldo positivo de admissões foi o de financeiras e seguros, com 227 vínculos.

Por outro lado, no saldo acumulado em 2018, 52.670 vagas foram abertas, o que significa um aumento de 1,5% do estoque ativo de vínculos em relação ao mesmo período de 2017, atingindo um estoque ativo de 3.529.045 empregos formais em 2018.

Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (PESP Serviços) analisa o nível de emprego do setor de serviços. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e 12 atividades: transporte e armazenagem; alojamento e alimentação; informação e comunicação; financeiras e de seguros; imobiliárias; profissionais, científicas e técnicas; administrativas e serviços complementares; administração pública, defesa e seguridade social; educação; médicos, odontológicos e serviços sociais; artes, cultura e esportes e outras atividades de serviços. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).