Franquia inova ao ensinar ciência

A SuperGeeks foi criada por um casal de brasileiros, Marco Giroto e Vanessa Ban, no Vale do Silício, Califórnia, Estados Unidos (polo mundial da tecnologia). O ano era 2012.

O background da dupla impressiona: Marco Giroto criou sua primeira empresa de tecnologia aos 23 anos, no ano de 2003. Sua esposa, Vanessa Ban, foi professora, especializando-se em língua, Literatura e Semiótica.

Foi assim que o casal uniu toda sua expertise em suas respectivas áreas para criar uma metodologia de ensino de Ciência da Computação infanto-juvenil. Depois de mais de uma ano de pesquisa e desenvolvimento, chegaram a um modelo que acreditam ser ideal para ensinar Ciência da Computação para as crianças e adolescentes.

Com isso, a franqueadora promete ensinar “jovens a partir dos 5 anos a criarem seus próprios games, aplicativos, robôs e sistemas, com uma base no empreendedorismo e na língua inglesa”. E já são mais de 40 unidades em todo o Brasil.

Confira nossa conversa com Marco Giroto, fundador da SuperGeeks para entender mais a fundo tanta inovação. Confira.  

Mapa das Franquias: Como apresentar algo tão inovador ao público? Prós, contras?

Marco Giroto: Existe o lado fácil e o lado difícil. O lado fácil é que muita gente gosta de novidades e no nosso caso, não é uma novidade de “moda do momento”, mas sim uma tendência de futuro, o que faz com que a demanda seja boa, principalmente por parte dos alunos. Já os contras e a parte difícil, é a resistência por uma parcela da população que é avessa a novidades e principalmente novidades tecnológicas.

Essas pessoas ainda não conseguiram ver que o futuro das profissões depende diretamente da qualificação em tecnologia, seja qual área a pessoa deseje seguir. A revolução 4.0 irá acabar com muitas profissões e muitas profissões que dependem de conhecimento de tecnologia serão criadas. Mas, vemos nessa resistência por essa parcela da população a mesma resistência que existia 20 anos atrás ao falar para as pessoas que elas tinham que aprender Inglês. Hoje, as pessoas perceberam que dá sim pra sobreviver sem falar em Inglês, mas sua vida seria muito mais fácil e você teria muito mais oportunidades se dominasse este idioma. O que mesmo irá acontecer com o ensino de Ciência da Computação, mas neste caso, a automação, robotização e inteligência artificial fará a vida de quem não domina a tecnologia, muito mais difícil.

Mapa das Franquias: Como apresentar algo tão inovador ao franqueado? Qual o investimento? O que justificaria tal aporte?

Marco Giroto: O investimento na franquia vai de R$ 22 mil a R$ 200 mil.

Algumas vantagens de investir na SuperGeeks: Além de ser a primeira do segmento no Brasil, tornando-se uma das pioneiras no mundo, a SuperGeeks também é a maior em número de alunos, com mais de 5 mil crianças matriculadas atualmente em seus cursos regulares. A franquia não tem muita concorrência direta, uma vez que a é a única no mercado com um curso tão completo, além de ser uma tendência, ter metodologia e modelos inovadores, forte apelo comercial, lucros acima da média do mercado para o franqueado e maior raio de atuação com mais praças para se escolher.

Todos os cursos possuem uma metodologia exclusiva criada pela própria SuperGeeks, focada no aprendizado com diversão, usando mecanismos de gamificação, empreendedorismo e criatividade.

Trata-se de tendência de mercado, e a SuperGeeks, apesar de ser um curso livre, atua como uma escola, com uma genuína preocupação com a parte pedagógica, o que a torna sólida o suficiente para ser um excelente investimento para a vida toda.

E quem pode ser franqueado?

Mapa das Franquias: Qual o perfil do franqueado? Um misto de pedagogo, engenheiro e empreendedor? O quanto de conhecimento é preciso ter?

Marco Giroto: A parte pedagógica e técnica é o que fazemos de melhor e conseguimos transmitir isso, ensinar os franqueados e ajudá-los nessa parte. Como qualquer negócio, o melhor franqueado é o empreendedor que sabe vender, pois no final do dia, temos que vender um serviço complexo no qual precisamos mostrar aos clientes todos as características. Então, ser um bom gestor e principalmente um bom gestor comercial, ajuda muito. Com certeza, se isso vier aliado a skills de pedagogia ou até mesmo técnicos, ajuda muito. O que eu costumo dizer é que você não precisa saber fritar hambúrguer para abrir um McDonalds, mas qualquer tipo de negócio, o que conta mais é a parte da gestão. Mas hoje o candidato que quer abrir uma SuperGeeks, não necessariamente precisa ser especialista em algo. Para nós o mais importante é ter vontade de aprender e com isso, poderemos ajudar o franqueado a tornar sua unidade um grande sucesso, uma vez que estamos em um tipo de negócio que demanda um aprendizado contínuo.

Mapa das Franquias: Que tipo de treinamento é dado ao franqueado? O acompanhamento no dia a dia também é altamente tecnológico?

Marco Giroto: O franqueado é treinado em todas as frentes. Comercial, marketing, finanças, gestão, pedagógico e sistemas. Ele não é treinado em como se da a aula (isso é dado aos instrutores que ele contrata com o nosso apoio), mas ele sabe exatamente o que é dado em sala de aula e como tem que ser dado. Usamos diversos sistemas e processos que facilitam o acompanhamento e a gestão do negócio, bem como temos uma Universidade Corporativa em forma de EaD onde os franqueados e sua equipe são treinados e atualizados constantemente.

Mapa das Franquias: Qual o perfil das famílias dessas crianças? Como esse perfil influencia na escolha das cidades e/ou regiões que são foco da expansão da franquia?

Marco Giroto: São crianças de 5 até adolescentes de 16, principalmente de famílias das classes A e B que sabem da importância de uma educação de alto nível como a da SuperGeeks. Então o foco são regiões de alto poder aquisitivo, principalmente locais com boa concentração de escolas particulares.

Expansão

Mapa das Franquias: Como é planejada a expansão para outros países?

Marco Giroto: O fato da SuperGeeks ter metodologia, sistema de ensino e currículos que não são encontrados em nenhuma outra empresa do segmento no mundo, motivou a internacionalização. Começamos a notar que nenhum player em lugar algum do mundo tinha um sistema de ensino tão completo e conciso como o nosso e olhando países como Estados Unidos, onde novos players estão começando a ter sucesso em nossa área, com um produto extremamente inferior, fica fácil a decisão de internacionalizar, cientes das dificuldades e barreiras de cultura e burocracias ou a falta delas.

Começamos a desenvolver um Business Plan, contratamos uma consultoria no país que queremos expandir para fazer estudos, encontramos pessoas chave nesses países que ficaram interessados em ajudar na operação e até mesmo investir. Então o planejamento seguiu os passos: Identificação do potencial, estudo de mercado, contratação de consultoria para validação do nosso estudo e ajuda no Business Plan, procura de pessoas chave para auxiliar na operação e agora, estamos trabalhando para em breve, iniciar a expansão nesses países, sem perder o foco no Brasil que é o nosso território principal.