Faturamento do setor de serviços da cidade de São Paulo atinge R$ 29,3 bilhões

O setor de serviços na cidade de São Paulo segue trajetória de alta e, em agosto, registrou faturamento real de R$ 29,3 bilhões, a maior cifra para o mês desde o início da série histórica, em 2010. Se comparado ao mesmo período de 2017, houve crescimento de 17,2%, o que representa um montante R$ 4,3 bilhões superior nas receitas do setor. As vendas avançaram 15,2% de janeiro a agosto. No acumulado de 12 meses, a alta foi de 13,3%.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), que traz o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal, elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz/SP). A cidade de São Paulo tem grande relevância nos resultados estaduais e nacionais do setor de serviços, representando aproximadamente 20% da receita total gerada no País.

Das 13 atividades pesquisadas, nove apontaram expansão no faturamento real em relação a agosto de 2017, sendo elas: mercadologia e comunicação (136,7%); jurídicos, econômicos e técnico-administrativos (34,6%); educação (29,7%); agenciamento, corretagem e intermediação (26,2%); turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (14,8%); serviços bancários, financeiros e securitários (13,8%); técnico-científico (10,6%); Simples Nacional (3%); e outros serviços (2,3%). Juntas, as atividades contribuíram positivamente para o resultado geral com 18,9 pontos porcentuais (p.p.).

No sentido contrário, os resultados negativos ficaram por conta dos seguintes segmentos: construção civil (-24,6%); representação (-16,2%); saúde (-3,6%); e conservação, limpeza e reparação de bens móveis (-2,1%). Essas quatro atividades contribuíram negativamente com 1,7 ponto porcentual para o resultado geral.

De acordo com a FecomercioSP, mesmo em meio a um quadro político-eleitoral ainda de incertezas, o nível de atividade econômica se mostrou com um padrão de baixa volatilidade, permitindo que tanto o varejo quanto os serviços sustentassem um ciclo de recuperação. Além disso, as permanências de uma inflação reduzida e queda nos juros e a melhoria gradual no nível do emprego parecem consolidar um cenário de sustentação quanto ao consumo das famílias e à confiança dos empresários.

Para a assessoria econômica da Federação, as projeções permanecem apontando para um crescimento anual em torno de 15% no faturamento real do setor de serviços em 2018. Desempenho que, caso se concretize, pode ser qualificado como muito bom, considerando a comparação com o ano de 2017, quando apresentou expansão de 6,5%.

*Nota técnica

De modo a manter o indicador sempre atualizado, a partir de fevereiro de 2018 foi adicionado à lista de atividades do setor de serviços, por meio da Instrução Normativa SF-SUREM n.º 23, de 22/12/2017, da Secretaria da Fazenda do Município de São Paulo (Sefaz/SP), o código CNAE 02498, relativo à atividade de “Inserção de textos, desenhos e outros materiais de propaganda e publicidade, em qualquer meio (exceto livros, jornais, periódicos e nas modalidades de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita)”. Por se tratar de uma nova atividade inserida no grupo de mercadologia e comunicação, os resultados apresentarão variações elevadas nos comparativos anuais até completar o ciclo de 12 meses de adição, em fevereiro de 2019.

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) é o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal. Utiliza informações baseadas nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Prefeitura de São Paulo e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador conta com uma série histórica desde 2010, permitindo o acompanhamento do setor em uma trajetória de longo prazo. As atividades foram reunidas em 13 grupos, levando em conta as suas similaridades e a representação no total do que é arrecadado de ISS no município. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas, considerando a sinergia entre os municípios do entorno, os resultados refletem o cenário da região metropolitana.