Faturamento do comércio eletrônico no Estado de SP cresce 0,6% no 1º trimestre

O comércio eletrônico paulista registrou faturamento real (já descontada a inflação) de R$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre de 2017, alta de 0,6% na comparação com o mesmo período de 2016. Em 12 meses, o setor também acumulou crescimento de 0,6%.  É o que aponta pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada por meio de seu Conselho de Comércio Eletrônico, em parceria com a Ebit.

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico FecomercioSP/Ebit traz dados sobre faturamento real, número de pedidos e tíquete médio, além de permitir mensurar a participação do e-commerce nas vendas totais do varejo (eletrônico e físico) no Estado de São Paulo, segmentado em 16 regiões.

Ao avaliar o comportamento do setor ao longo dos primeiros três meses do ano, verifica-se que, na comparação com o mesmo período do ano anterior, as vendas recuaram 6,8% em janeiro, cresceram 0,9% em fevereiro e avançaram novamente em março (8,4%).

Segundo a assessoria econômica da Federação, grande parte dessa recuperação pode ser atribuída ao Dia do Consumidor, celebrado em março. As vendas do setor no mês atingiram R$ 1,362 bilhão, a maior cifra já registrada para o mês desde 2013, início da série histórica.

A Entidade ressalta a crescente importância da data, visto que o faturamento do comércio eletrônico em março de 2017 superou em R$ 150 milhões a média do primeiro bimestre deste ano.

Das 16 regiões analisadas, sete registraram crescimento das vendas no primeiro trimestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado, com destaque para as regiões de Presidente Prudente (25,1%), Araraquara (9,2%) e São José do Rio Preto (8,7%). Destacaram-se negativamente as regiões de Marília (-13,9%), Taubaté (-12,7%) e Araçatuba (-9,8%).

A participação do e-commerce nas vendas do varejo paulista ficou praticamente estável, ao passar de 2,7% nos primeiros três meses de 2016 para 2,6% no primeiro trimestre deste ano. Já o número de pedidos online no Estado atingiu 9,7 milhões, ante os 9,5 milhões registrados em janeiro, fevereiro e março do ano passado.

O tíquete médio real (faturamento por pedido) registrou queda de 1,3% passando de R$ 394,93 no primeiro trimestre de 2016 para R$ 389,68 registrados no primeiro trimestre de 2017.

Para a FecomercioSP, tanto o varejo físico quanto o eletrônico continuam sinalizando uma retomada das vendas, de maneira discreta mas persistente, motivada, em primeiro lugar, pela base de comparação fraca em virtude da crise enfrentada no mesmo período do ano passado e também pelo ambiente macroeconômico com uma inflação muito mais controlada, aliada a uma trajetória de queda nas taxas de juros. De qualquer forma, vale ressaltar que as instabilidades políticas podem exercer impactos negativos sobre as vendas.

Capital

O comércio eletrônico na cidade de São Paulo fechou o primeiro trimestre de 2017 com faturamento real de R$ 1,5 bilhão, alta de 6,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

O número de pedidos na capital cresceu 3,5%, atingindo quase 4 milhões, com gasto médio de R$ 365,05, ante R$ 355,24 no primeiro trimestre de 2016.

De acordo com a Federação, no acumulado dos últimos 12 meses, o faturamento real do e-commerce na região cresceu 11,4%, o melhor desempenho entre as 16 regiões analisadas. No primeiro trimestre do ano, a capital foi a região em que o e-commerce teve a maior participação nas vendas totais do varejo (3,2%), empatada com a região do ABCD.

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico FecomercioSP/Ebit (PCCE) para o Estado de São Paulo é realizada com base em informações cedidas pela Ebit, e além dos dados de faturamento real, número de pedidos, tíquete média, a pesquisa permite mensurar a participação do comércio eletrônico sobre as vendas totais do varejo paulista. As informações são segmentadas em 16 regiões definidas pelas Delegacias Regionais Tributárias que englobam todos os 645 municípios paulistas e abrangem todas as atividades varejistas constantes do código CNAE 2.0.