Empresários que consideram seus estoques adequados atinge 59,4% em fevereiro, aponta FecomercioSP

O Índice de Estoques (IE) do comércio varejista paulistano subiu novamente em fevereiro, atingindo 119,2 pontos, ante os 115 pontos em janeiro, alta de 3,7%. Em relação ao mesmo período do ano passado, a elevação foi de 5%.

Os dados são levantados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e captam a percepção dos varejistas sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, variando de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.

De acordo com a assessoria econômica da Entidade, o indicador de estoques segue trajetória positiva desde o fim de 2018 e começa o ano exatamente como a FecomercioSP antecipou, com queda da média de estoques excedentes a um patamar quase considerado normal. A tendência é que essa alta tenha continuidade em março, visto que os estoques acima do desejado continuam abaixo do padrão que se via no começo do ano passado.

Em fevereiro, 59,4% dos empresários consideraram seus estoques adequados, alta de 2,2 pontos porcentuais (p.p.) em relação ao mês anterior. Segundo a Entidade, resultado bastante positivo, praticamente a média histórica pré-crise, de 60%. A proporção de comerciantes que declararam ter excesso de mercadorias permaneceu praticamente a mesma, 26,9% em fevereiro, ante 26,8% em janeiro. Já os que consideram ter estoques baixos caiu 2,1 p.p. (13,3%).

De acordo com a Entidade, para que os números fiquem dentro da normalidade, ou ao menos da série histórica antes da crise de 2014/2015 em diante, os estoques abaixo devem subir ao patamar superior aos 15% e os acima recuem para menos de 25% dos respondentes. 

Nota metodológica

O Índice de Estoques (IE) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de zero a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques para “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e para “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.